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Preso monitor de escola suspeito de abusar sexualmente de alunos em MG

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

15/09/2014 21h29Atualizada em 16/09/2014 17h31

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta segunda-feira (15) um funcionário de uma escola municipal de Belo Horizonte acusado ter abusado sexualmente de alunos da instituição e de outras crianças fora do âmbito escolar.

Conforme a investigação, o homem, com idade de 26 anos, seria monitor de um programa da instituição de ensino, cujo nome e localização não foram revelados pelo delegado que cuida do caso.

O preso teria abusado de ao menos cinco meninos com idade entre 9 e 12 anos. De acordo com a assessoria da corporação, o acusado confessou a prática de estupro contra quatro vítimas.

A polícia informou que o homem foi preso no final de agosto deste ano, por meio de um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, após pais de algumas das crianças abusadas terem procurado a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente desconfiados da mudança de comportamento dos filhos.

Na residência do suspeito, foram apreendidos computadores e um CD contendo fotos das crianças “a princípio sem conteúdo pornográfico”, de acordo com nota enviada ao UOL pela assessoria da polícia civil mineira. Conforme o texto, o material foi enviado para ser periciado.

Segundo o delegado João César Bicalho, o homem era tido pela comunidade escolar como um homem “bom e tranquilo”.

Bicalho disse, em entrevista a uma rádio local, que o suspeito prometia às crianças encaixá-las em times de futebol ou ainda acenava com a possibilidade de elas participarem de concursos acadêmicos. Conforme o policial, boa parte dos abusos ocorria na casa do monitor, que atraía as crianças sob pretexto de elas irem jogar videogames.

Monitor foi demitido

Em nota, a Secretaria de Educação de Belo Horizonte informou que o monitor foi demitido assim que a direção da escola foi notificada pela polícia sobre a investigação em andamento. Conforme o texto, o acusado é morador da comunidade e foi contratado com recursos da caixa escolar da instituição de ensino para ser monitor de oficina de acompanhamento de matemática da escola integrada. Ele não faz parte do quadro de servidores da prefeitura.

"Vale ressaltar que a seleção dos monitores é séria e criteriosa", afirma a nota. O acusado era considerado uma pessoa "idônea e respeitada na comunidade". O setor informou que os alunos vítimas de abusos terão acompanhamento psicológico e de saúde, bem como suas famílias.

O delegado que cuida do caso informou ao UOL que o acusado idealizou uma campanha contra a pedofilia na escola.