Adolescente de 15 anos atira em aluna dentro de escola em João Pessoa
Um adolescente de 15 anos deflagrou três tiros contra uma estudante de 14 anos dentro da Escola Municipal Violeta Formiga, localizada no bairro Mandacaru, em João Pessoa, na manhã desta sexta-feira (21).
Segundo o Ciop (Centro Integrado de Operações Policiais), a menina estava em sala de aula quando o adolescente invadiu o local, entre uma aula e outra, e atirou contra ela. A garota foi atingida no abdômen por três tiros. Ela foi socorrida pela PM (Polícia Militar) para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
Segundo boletim médico divulgado às 12h, a menina está passando por procedimentos cirúrgicos e está em estado gravíssimo.
O acusado fugiu e até a publicação deste texto não havia sido localizado pela polícia. A PM informou que está em diligências no bairro Mandacaru para tentar apreender o adolescente.
A escola fica a cerca de 300 metros da UPS (Unidade de Polícia Solidária).
A Superintendência de Polícia Civil informou que o acusado tem passagem pela polícia e já foi apreendido por tráfico de drogas.
A polícia investiga se o crime tem motivação passional, pois colegas da garota informaram que eles já haviam namorado. Imagens das câmeras de monitoramento da escola foram recolhidas para serem analisadas pela polícia.
O UOL telefonou para a Escola Municipal Violeta Formiga, mas as ligações não foram atendidas. A Secretaria Municipal de Educação informou que vai se posicionar sobre o assunto na tarde desta sexta-feira.
MPE pede retorno de patrulha nas escolas
O MPE (Ministério Público Estadual) na Paraíba ajuizou uma ação civil pública contra o Estado da Paraíba para reativar o programa “Patrulha Escolar Solidária”, no último dia 15 de outubro. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (19). A patrulha escolar foi desativada em 2013.
Segundo a ação, a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de João Pessoa solicita que a 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital determine, em caráter de liminar, que o Estado designe 60 policiais militares para exercerem as funções de patrulheiros escolares com exclusividade nas escolas localizadas na área de abrangência do 1° e do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM). A ação discrimina que deverão ser 20 patrulheiros por turno escolar e dez carros da polícia.
A Promotoria determina ainda a aplicação da multa R$ 150 mil por mês de atraso ao Estado, além de multa diária no valor de R$ 5.000 aplicada ao próprio governador Ricardo Coutinho (PSB).
“Diante do quadro de insegurança extrema nas escolas, causado pela omissão culposa do Estado em garantir o direito à segurança pública, esta promotoria sugeriu às Secretarias de Educação do Estado e do Município, Secretaria de Segurança Pública, além das Polícias Civil e Militar, Conselhos Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente, a realização de uma audiência pública sobre o assunto. Entretanto, a Secretaria de Segurança Pública quedou-se silente, demonstrando total desinteresse sobre o grave problema social em área de sua competência”, afirmou a promotora de Justiça Ana Raquel Beltrão.
Diretores das escolas relataram ao MPE que a patrulha escolar contribuía na segurança nas escolas e nas ruas adjacentes. “Com a sua desativação, houve um aumento dos furtos, roubos e da violência em geral, culminando no assassinato do vigilante do Lyceu Paraibano, localizado no centro de João Pessoa”, destacou o MPE. O crime ocorreu no dia 14 de março.
Segundo dados da PM, a Patrulha Escolar Solidária atuava no 1° Batalhão contava com a 18 policiais e cinco carros da polícia que atuavam em 105 escolas em João Pessoa e 35 escolas em Cabedelo (região metropolitana de João Pessoa). A PM informou que o efetivo da patrulha escolar foi reduzido para 14 policiais e apenas dois carros da polícia com atuação em 50 escolas de João Pessoa.
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