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Manifestantes ocupam Ministério da Fazenda e pedem recursos para a educação

9.mar.2015 -  Protesto do movimento negro Educafro no Ministério da Fazenda - Pedro Ladeira/Folhapress
9.mar.2015 - Protesto do movimento negro Educafro no Ministério da Fazenda Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Daniel Lima*

Da Agência Brasil, em Brasília

09/03/2015 12h16Atualizada em 09/03/2015 13h47

Vinte manifestantes da Fundação Educafro ocuparam hoje pela manhã a entrada de serviço do Ministério da Fazenda. Os manifestantes se acorrentaram no interior do prédio.

David Santos, frade franciscano, porta-voz dos manifestantes, disse que os invasores só sairão do local depois de serem recebidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ele, os manifestantes querem do ministro dê garantias de que serão providenciados mais recursos para a educação do país.

Eles protestam por ações do governo que garantam benefícios à população negra, sobretudo na área de educação. Uma das reclamações do grupo é sobre a limitação de gastos do Ministério da Educação que, segundo eles, afetará principalmente a secretaria voltada para estudantes negros, quilombolas, indígenas e camponeses. É uma forma de "esvaziamento" da secretaria, afirmam.

Eles ainda criticam a decisão do MEC de impor a nota de corte de 450 pontos para ingresso de estudantes ao Fundo de Financiamento do Ensino Superior (Fies) e a falta de representatividade de negros no governo Dilma. "A Dilma foi eleita com a maioria do voto negro e não escolheu nenhum negro para seus ministérios. Para nós, a Sepir não conta", disse Frei David, referindo-se à Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, comandada pela pedagoga Nilma Lino Gomes, que é negra.

Acionada pelo setor de segurança do Ministério da Fazenda, a Polícia Militar está tentando retirar os manifestantes do local.

*Com informações da Agência Estado

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Grupo Educafro pede mais dinheiro para a Educação
Imagem: André Dusek/Estadão Conteúdo