Após assembleia, professores da rede estadual de SP mantêm greve
Os professores da rede estadual decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (8) em assembleia na avenida Paulista. A paralisação completa 56 dias. A próxima reunião será no dia 15 de maio.
O sindicato da categoria fez uma reunião com o governo do Estado na última quinta-feira (7), que terminou sem acordo. A gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) não apresentou propostas, sob alegação de que a data-base é julho e não seria possível saber como estará a arrecadação do Estado daqui dois meses.
Segundo representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), haverá uma nova reunião entre o sindicato e a Secretaria de Educação na próxima quarta-feira (13).
A greve
Entre as reivindicações, os professores pedem a valorização da carreira, reajuste salarial que equipare perdas salariais, aumento do valor do vale-transporte e do vale-alimentação e são contra o fechamento de salas de aulas, o que ocasionou a demissão de 20.000 professores e superlotou turmas remanescentes.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo afirmou que "avalia que a decisão do sindicato é extemporânea e ofensiva aos pais e alunos paulistas, uma vez que a categoria recebeu o último aumento salarial há sete meses, em agosto de 2014, o que consolidou um reajuste de 45%".
Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em 2011 foi instituída uma política salarial que permitiu aos professores e demais servidores da rede estadual de ensino um aumento salarial de 45% em quatro anos.
A Apeoesp argumenta que, passados os quatro anos, o reajuste está defasado e que por isso o aumento de 75,33% equipararia as perdas salarias aos vencimentos das demais categorias de nível superior. Hoje, o salário é de R$ 2.145, para 40 horas semanais.
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