Docentes da rede estadual de SP mantêm greve de mais de 60 dias
Os professores da rede estadual decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (15) em assembleia na avenida Paulista. A paralisação completa 63 dias. A próxima reunião será no dia 22 de maio.
O sindicato da categoria fez uma reunião com o governo do Estado na última quarta-feira (13). A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) informou que enviará, em até 30 dias, projeto de lei que estende o atendimento médico de saúde dos servidores públicos (Iamspe) a esta parcela da categoria.
O governo também sinalizou que vai diminuir o intervalo contratual dos temporários para três anos - hoje, eles precisam se afastar das aulas por 40 dias após um ano de trabalho, para não haver vínculo empregatício. A Secretaria Estadual de Educação já havia mencionado em reunião anterior que "estudava" a implementação das medidas.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, criticou o resultado da reunião. "Positiva para mim seria ter saído com o índice (do reajuste)", disse. Não houve nenhuma proposta de reajuste, mas o governo afirmou que "mantém a política salarial" e que a data-base da categoria é em 1º de julho.
A greve
Entre as reivindicações, os professores pedem a valorização da carreira, reajuste salarial que equipare perdas salariais, aumento do valor do vale-transporte e do vale-alimentação e são contra o fechamento de salas de aulas, o que ocasionou a demissão de 20.000 professores e superlotou turmas remanescentes.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo afirmou que "avalia que a decisão do sindicato é extemporânea e ofensiva aos pais e alunos paulistas, uma vez que a categoria recebeu o último aumento salarial há sete meses, em agosto de 2014, o que consolidou um reajuste de 45%".
Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em 2011 foi instituída uma política salarial que permitiu aos professores e demais servidores da rede estadual de ensino um aumento salarial de 45% em quatro anos.
A Apeoesp argumenta que, passados os quatro anos, o reajuste está defasado e que por isso o aumento de 75,33% equipararia as perdas salarias aos vencimentos das demais categorias de nível superior. Hoje, o salário é de R$ 2.145, para 40 horas semanais.
*Com Agência Estado
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