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Professor é preso sob suspeita de trocar sexo por notas altas em MT

Jéssica Nascimento

Do UOL, em Brasília

08/07/2015 11h09

Um professor foi preso na última terça-feira (30) sob suspeita de manter relações sexuais com alunas em troca de notas altas. Ele ministrava aulas de história no IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Mato Grosso) e em outro colégio particular localizado em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, as estudantes tinham entre 14 e 16 anos.

A polícia só tomou conhecimento do caso após duas denúncias anônimas registradas em maio. Segundo o delegado da Deddica (Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Eduardo Botelho de Paula, logo no início das investigações uma vítima foi chamada para depor.

“Uma adolescente confirmou que foi assediada pelo professor. Ele mandava mensagens via WhatsApp e deixava claro que, caso a menor mantivesse relações sexuais com ele, suas notas iriam aumentar. Porém, ela não topou o convite”, conta.

Outras três adolescentes também foram ouvidas pela Polícia Civil de Cuiabá. Duas delas confessaram as relações sexuais com o professor, sendo que uma menor afirmou o interesse pelas notas altas e a outra disse que o envolvimento não tinha relação com o boletim escolar.

“O que desperta atenção é que as notas das duas jovens aumentaram bastante. A terceira adolescente ouvida disse que também foi assediada pelo professor, mas que não concordou com o pedido”, disse Eduardo Botelho

O IFMT informou ao UOL Educação que está tomando todas as medidas cabíveis e instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar o fato.

No Facebook, professor era evangélico e conservador

O professor não é casado e também não tinha antecedentes criminais. Ele costumava publicar em sua página pessoal no Facebook mensagens bíblicas e vídeos de deputados conservadores como Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP).

“Somos contra a ideologia de gênero”, diz uma das mensagens compartilhadas pelo professor de história.

Caso seja condenado, ele poderá responder pelo crime de exploração sexual de adolescente. A pena pode chegar a dez anos em regime fechado.