Polícia investiga estupro coletivo de menina de 7 anos em ônibus escolar
A Polícia Civil de Tocantins investiga o caso de uma menina de 7 anos que teria sido estuprada por três adolescentes dentro de um ônibus escolar no município de Formoso do Araguaia, sul do Tocantins. Os suspeitos têm entre 14 e 16 anos.
Segundo a delegada Áurea Batista, o caso aconteceu no fim de junho, mas só foi denunciado à polícia mais de um mês depois pela avó da vítima.
De acordo com os depoimentos, a vítima foi levada, no dia do crime, por outra garota para o fundo de veículo. “Durante todo o trajeto, ela foi estuprada pelos três meninos e todo o ato foi filmado por um quarto adolescente”, afirma a delegada. O vídeo, porém, teria sido apagado pelos jovens. Uma perícia tenta recuperar as imagens.
“A avó diz que esperou as aulas voltarem para denunciar. Isso não é justificativa. O crime deveria ter sido relatado à polícia o quanto antes”, diz a delegada. O Ministério Público apura se a avó foi negligente.
O motorista do ônibus disse que foi ameaçado pelos adolescentes. Ele também é investigado. Outros alunos estavam no ônibus no momento do crime e prestaram depoimento à polícia.
O veículo, que pertence ao município, fazia o trajeto entre escolas municipais e estaduais e a zona rural de Formoso do Araguaia. A Secretaria de Transporte afirma que assim que ficou sabendo da investigação afastou o motorista da linha e colocou mais um responsável para cuidar das crianças no trajeto.
Outra vítima
Em depoimento à polícia, a vítima disse que outra menina, de 5 anos, também foi violentada no ônibus. “A menor está muito abalada e chora o tempo inteiro. Ela conta que os meninos a beijavam na boca e faziam carícias nas partes íntimas. Sugeri que as duas crianças passem por tratamento psicológico”.
De acordo com a polícia, todos os adolescentes negaram os estupros. Os familiares, que acompanharam os depoimentos, disseram não acreditar nas acusações contra os filhos. Segundo a delegada, o pedido de internação dos envolvidos já foi feito ao Ministério Público Estadual (MPE), que têm até 30 dias para responder.
Depois da denúncia, a família da menina de 7 anos se mudou. A vítima de cinco anos é levada pessoalmente pelos pais à escola. “Enquanto isso, os quatro continuam sendo transportados pelo ônibus escolar. Mas é o MPE que decide o que irá ocorrer agora”, afirma a delegada. Até agora, 18 pessoas foram ouvidas pela polícia.
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