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Nota máxima em matemática no Enem passa em 1º lugar em medicina na UFPI

Divulgação / Instituto Dom Barreto
Imagem: Divulgação / Instituto Dom Barreto

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

18/01/2016 16h08

O estudante piauiense Vitor Melo Rebelo, 18, que foi um dos 13 jovens a obter a maior nota de matemática no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), foi aprovado em 1º lugar no curso de medicina da UFPI (Universidade Federal do Piauí). O resultado saiu nesta segunda-feira (18), com a divulgação dos classificados no Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

Rebelo gabaritou as 45 questões da prova de matemática e obteve a nota histórica de 1.008,3. Sua nota final foi 848,7. Em entrevista ao UOL, o jovem contou que a nota do Enem deu tranquilidade para a aprovação em 1º lugar e desde lá se preparava para comemorar, nesta segunda-feira, o resultado junto com a família e amigos.

“Já esperava esse resultado desde que soube da nota geral do Enem. Planejei estudar em Teresina para não sair da casa dos meus pais e agora consegui”, contou o estudante, que já foi aprovado em outros vestibulares, como engenharia civil na UnB (Universidade de Brasília), ciências da computação na USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade de Campinas). Porém, como o desejo dele era medicina, não iniciou nenhum curso.

Rotina de estudos

Rebelo concluiu o ensino médio em 2014 no IDB (Instituto Dom Barreto), em Teresina. O estudante contou que manteve a rotina e não quis fazer cursinho. Ele continuou estudando no IDB, desta vez, como aluno ouvinte. A escola sempre se destaca entre as dez colocadas no ranking geral no Enem.

“Tenho vocação pela medicina e não queria outro curso. Tenho vários familiares médicos e, logo, vou ser o mais novo médico da família”, destacou Rebelo. Ele disse que somente durante o curso de medicina é que vai escolher a especialidade que irá atuar. As aulas iniciam em abril.

A mãe de Rebelo, Andreia Melo Rebelo, diz que o filho nunca foi o mais estudioso na família, mas destaca a disciplina e a facilidade dele com a disciplina. "Ele sempre foi disciplinado com o horário, mas nunca virou noites. Estudava seis, oito horas por dia. Sempre tinha horário para dormir, lanchar, ir ao cinema com a namorada. Tenho uma filha que faz medicina, e ela, sim, vira noite estudando", contou.

Segundo Marcela Rangel, diretora pedagógica do Instituto, o jovem tem um histórico de "dedicação e superação". Ele sempre participou com êxito de olimpíadas nas mais diversas áreas, obtendo aprovação em diversos vestibulares para engenharia e para medicina. Estamos muito orgulhosos! Este é um trabalho coletivo", afirmou.

O professor de matemática Afonso Norberto da Silva, que também é coordenador do IDB, atribui o resultado de Rebelo no Enem a toda a vida escolar do aluno. "Vitor sempre foi um aluno destaque porque não é de decorar. Ele questiona e aprende, esse é o diferencial para um bom desempenho. Ele sempre tirou nota máxima nos 'logs', que são nossas provas mensais", destaca Silva.

O professor observa que o estudante deve fazer a diferença na nota geral do exame porque o desempenho dos candidatos em matemática nunca é tão satisfatório como ocorreu com o jovem.

"A prova é diferencial pelo baixo desempenho nacional que atinge os demais candidatos todos os anos. Quem acerta 45 questões em matemática tem desempenho melhor porque é comum ter melhor nota em linguagem ou ciências na natureza. Não que as demais não tenham importância, mas é pela diferença da maioria", explica Silva.