Professora é afastada após menina de 4 anos ser pendurada em janela em MG
Uma professora foi afastada de suas funções após a acusação de ter colocado em risco a vida de uma menina de quatro anos. A criança, que é aluna da Escola Municipal Rabin Gambogi- Caic, em Boa Esperança (283 km de Belo Horizonte), foi flagrada pendurada do lado de fora da janela do segundo andar da instituição. Ela estava agarrada apenas pelos pulsos.
Familiares acusam a educadora de ser a responsável pela situação na qual a menina foi posta em risco. O caso ocorreu no dia 23 deste mês.
A Secretaria de Educação da cidade informou que foi aberto um processo administrativo, e a professora, cuja identidade não foi revelada, está afastada de suas funções até a conclusão final do caso.
Segundo uma parente da menina, a educadora teria obrigado a criança a buscar um objeto lançado pela menina para fora da janela de sala de aula. O item foi parar em um telhado localizado logo abaixo. A cena foi flagrada por uma prima da criança que tinha ido buscar o filho na instituição de ensino.
“A professora colocou ela do outro lado da janela [do lado externo] para pegar um objeto que a minha sobrinha teria jogado. Segurou ela com uma mão só. Esse local tem mais ou menos seis metros de altura”, explicou Lília Forzan, 28 anos, tia da criança e que se apresentou como a pessoa que cria a menina.
Ela disse ter entendido a atitude da professora como uma forma de castigar a criança.
“Uma parente que estava passando pelo local ouviu ela [professora] gritando o nome da minha sobrinha. Aí ela registrou uma foto e me enviou pelo WhatsApp”, afirmou.
Lília disse ter ido imediatamente à escola e procurado pelo diretor. Segundo ela, foi feita uma reunião com a participação dela, do Conselho Tutelar, do diretor da escola, além da PM e a educadora.
“Eu fiquei abismada. Ela não poderia ter tomada uma atitude dessas. A professora disse, durante a reunião, que a minha sobrinha tinha que pegar o objeto porque foi ela quem jogou. Ela disse que não tinha percebido o risco de colocar a menina para fora da janela e que a intenção dela não foi colocar em perigo a minha sobrinha”, declarou. Lília disse ter feito um boletim de ocorrência e o caso foi encaminhado à Polícia Civil. O UOL entrou em contato com a Polícia Civil de Minas Gerais e aguarda retorno da instituição.
A mulher adiantou ter tirado a sobrinha da escola e deverá matricular a menina em outra unidade de ensino.
“Ela não se machucou, está bem, mas vai para outra escola. Nós estamos evitando comentar o assunto para que ela se esqueça do que ocorreu", declarou.
Em nota, a prefeitura local disse que, além do afastamento da professora, “medidas cabíveis já estão sendo tomadas”.
De acordo com o texto, o depoimento de Lília e o da professora, além do boletim de ocorrência da PM, serão juntados ao processo administrativo aberto sobre o caso.
Já o Conselho Tutelar da cidade relatou que vai acompanhar o desenrolar do caso, mas revelou ter aconselhado a direção da escola a providenciar grades para as janelas dos andares superiores da instituição de ensino.
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