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Professor é acusado de agressão e assédio contra universitária em MG

Rayder Bragon

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

24/06/2016 18h06

Um professor de 61 anos foi acusado de ter agredido e assediado uma estudante do curso de odontologia da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), localizada na cidade que dá nome à instituição de ensino, situada a 278 km de Belo Horizonte.

Conforme o boletim de ocorrência, registrado nesta quinta-feira (23) pela estudante de 23 anos, o professor se irritou por ser chamando por seu primeiro nome pela universitária. O episódio aconteceu durante uma aula dada por ele em um ambulatório do hospital da universidade.

Ainda de acordo com o boletim, ele chamou a aluna para uma sala reservada e trancou a porta só com os dois no recinto. A moça acusa o homem de ter agarrado o seu braço “forçando-a contra a parede, colocando o [seu] corpo bem próximo ao dela”. Em seguida, ele teria dito a ela que não o chamasse pelo nome porque ela aparentemente não tinha esse direito e “teria que mostrar mais respeito”.

Na sequência, já de volta ao local onde ocorria a aula, o docente foi acusado pela moça de ter começado a xingá-la e afirmado que ela não se formaria no curso, no final deste ano, por não ter “competência para passar em três matérias com ele”. Após isso, a universitária foi até a direção da Faculdade de Odontologia, onde acionou a Polícia Militar e os pais.

Histórico

Nesse momento, ela relatou aos policiais que atenderam a ocorrência o histórico de problemas que enfrentou com o professor ao longo do curso.

Em um deles, a moça acusa o educador de tê-la chamado de “tigresa”, quando ela estava no quinto período, e ainda ter pedido fotos dela. A estudante disse que, desde então, passou a sofrer coerção moral dele, sendo que ele já teria tentado beijá-la no rosto. Ela ainda contou que o homem assediava outras alunas.

Por fim, a universitária relatou não ter feito anteriormente as denúncias porque o professor teria dito que ela não iria se formar.

Ainda segundo a polícia, o professor não foi localizado nas dependências da universidade para dar sua versão sobre o caso.

Em nota enviada ao UOL, a universidade informou que a direção da Faculdade de Odontologia instaurou processo administrativo e já constituiu comissão de sindicância para apurar a denúncia.

Conforme a nota, essa comissão vai iniciar os trabalhos na próxima segunda-feira (27), mas não foi divulgado o prazo para a conclusão dos trabalhos.