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"Nunca deixei de me divertir", diz aprovado em 12 faculdades dos EUA

Pedro Farias, 17 - Arquivo pessoal
Pedro Farias, 17 Imagem: Arquivo pessoal

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

28/06/2016 10h56

Se passar em uma universidade já é gratificante, imagine em 12. Essa “numerosa” conquista foi fruto de muito estudo e esforço do brasiliense Pedro Farias, 17, de Brasília (DF). E ele já escolheu seu destino: Harvard, em Cambridge.

Quem pensa que o estudante deixou o lazer de lado para estudar está enganado. “Sempre achei importante viver de forma balanceada”, acredita. O morador do Distrito Federal conta que não deixava de sair aos finais de semana com amigos, ou de ir para a academia e, ainda, de participar de atividades extracurriculares, como simulações da ONU.

“Sempre fui grande fã da internet. Vejo vários programas de televisão online, às vezes jogo no computador ou videogame. Assim, a rotina não fica repetitiva e mais divertida. Nunca deixei de me divertir”, diz.

A diversão, conta o rapaz, foi um dos motivos para a universidade de Harvard.

“Harvard além de ser uma excelente escolha acadêmica, disponibiliza vários grupos extracurriculares e a cidade de Boston, que fica próxima à universidade, é muito boa e cheia de estudantes. Fiquei muito feliz também com um grupo de brasileiros que me fizeram sentir bem-vindo, logo que fui aceito”, conta Farias.

A anuidade de US$ 66,900 mil também não desanimou o brasiliense de cursar a universidade dos sonhos. Segundo ele, Harvard se compromete a dar qualquer assistência financeira para garantir que custo não seja um obstáculo para estudantes.

Animado, o adolescente conta que o interesse pelo país americano surgiu depois que ele morou com a família em Boston. Após retornar à capital federal, os pais o matricularam na Escola Americana de Brasília. Farias, que começa o curso em agosto, diz que vai cursar ciências da computação pois acredita que a área tem potencial de mudar e melhorar o cotidiano do ser humano. 

“Escolhi estudar nos Estados Unidos porque isso possibilita que eu faça dois cursos ao mesmo tempo ou troque de curso no meio da minha graduação, se eu quiser. Quando você entra em uma universidade americana, você passa para a universidade, não um curso específico.”

Dicas

O UOL pediu que Farias desses dicas para estudantes que sonham em estudar nos Estados Unidos. A principal, segundo o jovem, é se comprometer e dedicar-se aos objetivos estabelecidos. “Isso inclui pesquisar todos os requerimentos e prazos, além de se manter focado nos estudos para merecer uma boa nota”, explica.

“É importante ressaltar que as universidades americanas pedem para o aluno enviar todas as notas semestrais do ensino médio, além de recomendações escritas por professores, notas em provas como o SAT ou ACT, redações para cada faculdade, uma lista das atividades extracurriculares em que o aluno participar e, as vezes, ainda mais coisas. Por isso é importante ser organizado também para conseguir completar tudo de maneira eficiente e com boa qualidade”, enumera.

O adolescente, que se formou em maio no ensino médio acredtia que o segredo da aprovação seja ser focado nas aulas e fazer todos os deveres de casa. “Nunca fui fã de sentar no meu quarto e ler livros. Eu sempre prestava bastante atenção nas matérias e fazia várias perguntas para os professores, garantindo que eu tinha entendido a matéria.”

Para Farias, noites boas de sono também foram fundamentais para o aprendizado. O jovem conta que dormia nos dias da semana normalmente antes de 23h e acordava para se preparar para a escola às 6:40. “Assim, podia participar bastante no colégio. Não tinha uma hora certa reservada para estudar, mas as tarefas de casa eram cerca de duas ou três horas por noite”, explica.