Enem tem questões sobre mapa do Brasil de 1969 e charge de Dom Pedro 2º

O primeiro dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), neste sábado (3), teve questões sobre como era o mapa geográfico do Brasil em 1969 e uma charge do imperador Dom Pedro 2º. 

As informações foram repassadas pelos primeiros candidatos que deixaram os locais de prova em Belo Horizonte [PUC-MG – bairro Coração Eucarístico] e Curitiba [Faculdade Bagozzi – zona sul da capital]. De um modo geral, os candidatos declararam ter considerado "fáceis" as questões.

Uma questão cobrou conhecimentos sobre o êxodo rural. Em sociologia, um tema abordado foi a influência dos movimentos sociais, com recorte para as greves de 1979 no ABC paulista.

Segundo os candidatos, a prova teve perguntas sobre dois filósofos ingleses: o teórico político e matemático Thomas Hobbes [1588-1679] e o ideólogo do liberalismo John Locke. 

A prova abordou também as pesquisas que estão sendo feitas para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e da zika. Em química, uma das perguntas foi sobre a transformação de alumínio em bauxita. A prova de física, segundo os candidatos, exigiu muito conteúdo sobre eletricidade. 

Mais fácil que prova de novembro, diz estudante

A candidata Bruna Furtado, 21, afirmou ter estudado as provas do Enem que foram aplicadas em novembro deste ano e disse ter considerado os exames deste sábado (3) mais fáceis que o do mês passado. Ela foi uma das inscritas que fizeram a prova na PUC-MG.

"Achei mais fácil que as do ano passado e muito mais fácil que a primeira prova deste ano. Eu tirei como base as provas de novembro e achei bem mais fáceis as de hoje", disse. Ela pretende cursar administração de empresas e disse que é a terceira vez que tenta o exame.

Bruna ainda declarou que o primeiro certame realizado em novembro contemplou questões mais polêmicas.

Todos os candidatos deveriam ter feito o exame em novembro, mas o MEC (Ministério da Educação) adiou as provas para alguns deles por causa da ocupação de colégios por estudantes que protestavam contra mudanças no ensino médio e a PEC que congela os gastos do governo federal.