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TCE critica contaminação do campus da USP Leste

19.dez.2013 - Alunos da USP Leste fazem protesto pela falta de condições no campus da universidade - Adriano Vizoni/Folhapress
19.dez.2013 - Alunos da USP Leste fazem protesto pela falta de condições no campus da universidade Imagem: Adriano Vizoni/Folhapress

Em São Paulo

16/04/2014 10h01

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) questiona o depósito de terra de origem desconhecida no campus da USP Leste durante 2011, umas das principais causas de contaminação do terreno. Por problemas ambientais, a unidade está interditada judicialmente desde janeiro, a pedido do MPE (Ministério Público Estadual).

O TCE critica a ausência de licitação para movimentar o material e afirmou que, apesar do histórico de irregularidades ambientais do campus, "nenhuma providência eficaz" foi adotada pela USP. O diretor da unidade à época, José Jorge Boueri Filho, é alvo de investigação do MPE pelo depósito clandestino. A estimativa é de que a remoção de terra custe R$ 20 milhões. 

A USP informou que tem adotado todas as medidas exigidas pela Justiça e pelo MPE. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Supersalários na USP

O TCE de São Paulo recusou ontem as contas da USP no exercício de 2011 por pagamento de supersalários de pelo menos 167 professores, incluindo o atual reitor, Marco Antonio Zago, e o antigo dirigente da instituição, João Grandino Rodas. As contas de 2008 já haviam sido rejeitadas pelo órgão por causa dos salários. 

Os servidores citados pelo tribunal recebiam, em 2011, salários acima do teto constitucional, limitado pelos ganhos do governador. À época, Geraldo Alckmin (PSDB) recebia R$ 18.725,00. Em 2011, o atual reitor recebia R$ 26,1 mil, quase R$ 5 mil a mais que o governador do Estado. Rodas recebia R$ 3,9 mil acima do governador e o então diretor da USP Leste, Jorge Boueri Filho, R$ 3,2 mil a mais.