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Para fazer faculdade no exterior grupo cria 'vaquinha' na Internet

Um grupo de jovens de diferentes contextos que se uniram na luta para realizar o mesmo sonho: receber uma educação de excelência que nos capacite a transformar o Brasil - Reprodução
Um grupo de jovens de diferentes contextos que se uniram na luta para realizar o mesmo sonho: receber uma educação de excelência que nos capacite a transformar o Brasil Imagem: Reprodução

Em São Paulo

02/06/2015 08h45Atualizada em 02/06/2015 08h45

Após a difícil aprovação em universidades estrangeiras de ponta, 26 estudantes enfrentam um novo desafio: conseguir dinheiro para a viagem. O grupo, de 13 cidades diferentes, lançou uma campanha na internet para recolher doações.

Eles se conheceram durante a preparação para os processos seletivos. A ideia da "vaquinha" é juntar R$ 350 mil, que serão repartidos segundo a necessidade de cada um. Até segunda-feira, 1, haviam conseguido R$ 22,7 mil. Interessados podem contribuir, até 25 de julho, pelo site juntos.com.vc/pt/aprendaladaca.

Aprovada na Universidade de São Paulo (USP) e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Narelli Paiva, de 18 anos, quis mais. Ela, do Ceará, começará Engenharia de Materiais na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, em setembro. "Eles têm tradição acadêmica forte na área", explica.

O gosto pela ciência começou depois de participar de um projeto de pesquisa em que produziu um filtro de água para famílias pobres, feito de bagaço de cana e garrafa PET. "Tenho interesse em trabalhos que ajudem as pessoas", acrescenta.

Expandir fronteiras

Além do ensino de qualidade, a chance de ter colegas de várias nacionalidades atraiu Matheus Carioca para a Universidade British Columbia, no Canadá. "Lá, 20% dos alunos são estrangeiros, o que não existe no Brasil. Essa diversidade cultural é muito interessante", explica ele, também cearense, de 19 anos.

O receio de Carioca, que estudou em colégio particular com bolsa integral, é não arrecadar o suficiente até o começo do curso, em agosto. "Queria garantir ao menos o primeiro semestre com o dinheiro da campanha", conta o adolescente, que pediu cerca de R$ 35 mil. "Minha família também está tentando vender um imóvel e pretendo trabalhar quando chegar lá. Vamos fazer o que for preciso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.