Obesidade - Excesso de gordura gera diversos riscos à saúde
Até pouco tempo atrás, acreditava-se que um bebê gordinho era um bebê saudável e que uma criança magrinha estava necessariamente doente, pois isso não seria normal. Na verdade, essas crenças é que estavam completamente equivocadas: nem toda pessoa gorda é saudável e nem toda pessoa magra é doente.
Hoje em dia, ao contrário, gordura e obesidade são um assunto que assusta muita gente e com toda a razão. Na verdade, no ritmo em que as coisas caminham, logo deverão ser realizados grandes investimentos no ramo de saúde pública para se evitar este problema que afeta e muito o bem estar físico, mental e social de qualquer indivíduo. Mas vamos por partes: primeiro, o que significa obesidade?
Ser uma pessoa obesa significa estar acima do peso ideal, a ponto de ter dificuldades em realizar determinadas tarefas, sentir limitações ao se locomover e correr sérios riscos relacionados à própria saúde e qualidade de vida. Sem falar na discriminação social que os obesos também acabam sofrendo.
Células adiposas
Mas o que faz ocorrer a obesidade? Em primeiro lugar, a obesidade parece estar diretamente ligada à infância, pois, por volta dos dois anos de idade, é que adquirimos a maior parte das células adiposas, responsáveis pelo armazenamento de gordura em nosso corpo. Essas células são muito elásticas e, quando nos alimentamos em excesso, são estimuladas a armazenar gordura podendo adquirir até 10 vezes o seu tamanho normal. Quando chegam a esse limite, dividem-se ao meio, dando origem a nova célula, também capaz de armazenar mais reservas adiposas.
Essas células adquiridas na infância nos acompanham durante toda a nossa existência, mas a partir da adolescência elas perdem o poder de duplicação. O processo de engordar e emagrecer, a conhecida "tendência a engordar", ocorre devido à produção de células adiposas na infância.
Fatores ambientais
Outros fatores que favorecem a obesidade são sociais e ambientais. Estão associados, principalmente aos hábitos dos familiares; se comem diariamente em "fast-foods", por exemplo, ou se apresentam ou não uma dieta equilibrada (consumindo, na quantidade certa, carboidratos, proteínas, fibras, legumes, verduras e frutas), se praticam alguma atividade física ou se são sedentários.
É conveniente esclarecer que uma dieta equilibrada não significa abolir totalmente o consumo de gordura, pois esta também é essencial para a manutenção da boa qualidade de vida. As gorduras ou lipídeos realizam várias funções diferentes, como, por exemplo, estão relacionadas ao crescimento, ajudam a dissolver vitaminas (vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K), agem no processo de espermatogênese (produção de espermatozóides) e também atuam como uma reserva de energia.
Colesterol e prevenção
Ao se falar em problemas relacionados à gordura, convém não esquecer o colesterol. Este é um tipo de gordura enviada para o sangue, que se encarrega de distribuí-la para todo o corpo. Existe um colesterol ruim, o LDL, que pode formar pequenos trombos, isto é, pequenos aglomerados de células gordurosas, impedindo a passagem do sangue pelos vasos sanguíneos e ocasionando doenças cardiovasculares. Mas existe também um colesterol bom, o HDL, que impede o LDL de circular na corrente sanguínea.
As implicações da obesidade são o aumento dos riscos de desenvolver diabetes, hipertensão arterial (pressão alta) e arteriosclerose. Segundo uma pesquisa publicada na revista "Health Affairs", nos Estados Unidos, entre 1987 e 2002, os gastos privados em problemas médicos associados à obesidade aumentaram de 3,6 bilhões de dólares para 36,5 bilhões de dólares, ou 11,6 por cento dos gastos médicos no país. No Brasil essas proporções também não são muito diferentes.
Apesar de informações genéticas herdadas estarem vinculadas ao problema, atualmente, acredita-se que a melhor maneira de evitá-lo é a prevenção, pois a partir do momento que este já se encontre instalado e incorporado, os danos são difíceis de serem sanados. Para isso, é necessário uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos.
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