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Poluição das águas - Ásia sofre mais com contaminação

Ronaldo Decicino

Um estudo elaborado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) classificou 122 países em relação à qualidade de seus mananciais. A Bélgica ficou em último lugar, atrás de países pobres como Índia e Ruanda. O ranking ainda destacou a Bélgica com a presença escassa de lençóis freáticos, intensa poluição industrial e o precário sistema de tratamento de resíduos industriais.

No topo da lista da qualidade de água estão Finlândia, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Japão. A pesquisa também mostrou disparidade relativa à água disponível nos diversos países. No Kuait, por exemplo, cada habitante tem à disposição apenas 10 metros cúbicos anuais de água doce. Na Guiana Francesa esse número sobe para 812.121 metros cúbicos por pessoa.

De acordo com o relatório, os rios asiáticos são os mais poluídos do mundo, e metade da população dos países pobres está exposta à água contaminada por esgoto ou resíduos industriais.

Doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e atingem principalmente os países em desenvolvimento. Milhões de pessoas ainda morrem anualmente devido ao consumo de água imprópria e pela falta de saneamento. Crianças com menos de cinco anos são as mais afetadas.

Se os governos dos países carentes de água não adotarem medidas urgentes para estabilizar a população e buscar elevar a produtividade hídrica, a escassez de água em pouco tempo se transformará em falta de alimentos.

Os recursos hídricos disponíveis poderiam ser utilizados de forma mais eficaz e consciente. Reduzir a poluição, desenvolver processos de reciclagem da água, evitar o desperdício, preocupar-se mais com seus usos múltiplos, quer seja o abastecimento humano, abastecimento industrial, irrigação agrícola, geração de energia elétrica, entre outros.

Essas e outras medidas deveriam ser buscadas de forma imediata, tentando-se atingir a sensibilização e conscientização para um problema cada vez mais crescente, de maneira que sua possível solução envolva esforços de todas as nações, passando inclusive pela educação da atual e das novas gerações.

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