Portugueses querem adotar sistema de cotas para homens nos cursos de medicina
Enquanto no Brasil o Ministério da Educação vem discutindo maneiras de adotar política de cotas para negros e carentes nas universidades, o ministro da Saúde de Portugal apresenta uma proposta ainda mais polêmica: a reserva de vagas para homens nos cursos de medicina. A razão para o projeto é que as mulheres já representam 65% do total de alunos desta carreira no ensino superior do país, o que estaria gerando "desconforto" entre os homens.
A idéia vem sido defendida pelo presidente do colégio de médicos, Germano de Souza, pelo ministro da Saúde, Luiz Filipe Pereira, e pelo presidente do prestigioso centro de pesquisa biomédica Abel Salazar, Antonio Souza Pereira, que pretendem levar a votação ao Parlamento. "A medicina é uma atividade que exige uma dedicação de 24 horas", difícil de compatibilizar com as "obrigações domésticas e familiares" próprias das mulheres, disse Pereira. "Não se trata de machismo. É a realidade", afirmou recentemente Souza.
Atualmente, dos 6.067 estudantes de medicina 2.269 (35,5%) são homens. No mercado de trabalho, os homens ainda representam a maioria, com 55% enquanto 45% são mulheres.
Germano de Souza, do colégio de médicos, admitiu que acha difícil defender as cotas masculinas "porque parecem sempre defender um ser inferior", mas afirma que talvez seja a única solução para o "problema" do "atual sistema de ingresso na faculdade", que não dá possibilidades aos homens porque "as mulheres têm mais juízo e estudam mais", diz ele. Também para o presidente da entidade, a "maternidade afasta as mulheres do trabalho e diminui a capacidade de entrega à profissão".
Com informações do jornal El País
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Portugueses querem cota para homens em cursos de medicina
A idéia vem sido defendida pelo presidente do colégio de médicos, Germano de Souza, pelo ministro da Saúde, Luiz Filipe Pereira, e pelo presidente do prestigioso centro de pesquisa biomédica Abel Salazar, Antonio Souza Pereira, que pretendem levar a votação ao Parlamento. "A medicina é uma atividade que exige uma dedicação de 24 horas", difícil de compatibilizar com as "obrigações domésticas e familiares" próprias das mulheres, disse Pereira. "Não se trata de machismo. É a realidade", afirmou recentemente Souza.
Atualmente, dos 6.067 estudantes de medicina 2.269 (35,5%) são homens. No mercado de trabalho, os homens ainda representam a maioria, com 55% enquanto 45% são mulheres.
Germano de Souza, do colégio de médicos, admitiu que acha difícil defender as cotas masculinas "porque parecem sempre defender um ser inferior", mas afirma que talvez seja a única solução para o "problema" do "atual sistema de ingresso na faculdade", que não dá possibilidades aos homens porque "as mulheres têm mais juízo e estudam mais", diz ele. Também para o presidente da entidade, a "maternidade afasta as mulheres do trabalho e diminui a capacidade de entrega à profissão".
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