Funcionários da USP fecham entrada da reitoria
Da Redação
Em São Paulo
25/05/2010 08h17Atualizada em 25/05/2010 09h50
Funcionários ligados ao Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP) impedem a entrada do prédio da reitoria pelo menos desde às 6h30 desta terça (25). Eles fecham as passagens com faixas e fazem "guarda" para impedir a entrada dos funcionários. Segundo a PM, há cerca de 80 manifestantes.
"Queremos abreviar a greve", disse Magno de Carvalho, dirigente do Sintusp.
Segundo ele, a intenção é pressionar por negociação com o reitor da USP (Universidade de São Paulo), João Grandino Rodas. Ele contabiliza que o prédio da reitoria é o sétimo a ser fechado pelos funcionários. "Só estamos fazendo isso depois de decidir, em assembleia, com os funcionários do prédio", explica Magno. "São locais em que os funcionários são coagidos [em seu direito de greve]". Os funcionários, segundo Magno, reivindicam aumento salarial de 16%. A greve foi iniciada em 5 de maio.
Sem acordo
No dia 18 de maio, houve uma segunda rodada de negociações entre servidores das universidades estaduais paulistas e os reitores da USP, Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A reunião terminou sem acordo. Mesmo com uma contraproposta dos funcionários, que aumentaria os salários em pouco mais de 12%, o Cruesp (o conselho de reitores) voltou a defender 6,57% de reajuste.
Em nota, o Cruesp disse que o valor proposto “confirma o esforço de preservação e de crescimento salarial em curso nos últimos anos.” Na primeira reunião, os servidores pediram 16% de reajuste.
Segundo o diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Aníbal Cavali, não foi marcada outra rodada de negociações. De acordo com o sindicalista, os funcionários querem concluir a discussão do reajuste para, então, poder partir para outros pontos de pauta. “Enquanto não resolver de forma a contento, a questão salarial, a gente não quer discutir os outros itens”, disse.
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