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Greve na USP em Lorena deixa 1.600 alunos sem aulas

Bruno Monteiro<br>Especial para o UOL Educação

De Lorena (SP)

10/08/2011 18h26

Professores e funcionários da Escola de Engenharia da USP (Universidade de São Paulo), em Lorena (cidade a 190 km de São Paulo) aprovaram uma paralisação por tempo indeterminado nesta quarta-feira (10). Com isso, cerca de 1600 alunos ficaram sem aula.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Vitor José do Amaral Alves, com a extinção da Faenquil, em 2006, toda estrutura da universidade passou à USP, com exceção dos professores e funcionários. Eles continuaram trabalhando como prestadores de serviço, lotados na Secretaria de Desenvolvimento do Estado, por meio de convênio.

“Este convênio se extinguiu agora em 10 de agosto. No entanto a Secretaria, por meio de um aditivo, prorrogou por mais cinco anos. Ou seja, ficamos a ver navios."

Alves disse que a paralisação tem o apoio tanto do corpo docente e funcionários em geral quanto dos alunos: “Fizemos a assembleia ontem com a participação de 150 funcionários e 400 alunos que apoiaram nossa decisão”, afirmou.

A reivindicação, de acordo com o sindicalista  é a diferença dos direitos dos trabalhadores. “Nós não temos a sexta parte salarial e também não temos os quinquênios.  Há, inclusive, um grupo de funcionários que teve de entrar na justiça para requerer o reajuste salarial. Queremos igualdade”.

O diretor do sindicato informou que ninguém até o momento procurou a entidade e que nenhuma negociação com o órgão está prevista até o momento. “O que ficamos sabendo é que haverá uma reunião entre a USP e o Governo do Estado”.

Outro lado

A Universidade de São Paulo, por meio de nota oficial, confirmou a renovação do convênio e as negociações para que os funcionários da unidade de Lorena possam passar definitivamente para o quadro de funcionários da USP. No entanto, não há uma previsão para que isso aconteça.

De acordo com a nota, "a USP efetuará, com seus próprios recursos, o pagamento de gratificação a esses servidores, que corresponderá à diferença de valor entre o salário pago pelo governo e a tabela da carreira técnico-administrativa da USP, observada a função equivalente na estrutura da universidade".