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Alguns "desvios" são inevitáveis no começo, diz Dilma sobre Enem

Do UOL, em Brasília e São Paulo

24/01/2012 17h14Atualizada em 24/01/2012 17h39

Durante a cerimônia de troca de ministros no Palácio do Planalto nesta terça-feira (24), a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ela afirmou que, no começo de um processo que envolve milhões de pessoas, é "inevitável" que haja alguns desvios. No evento, Aloizio Mercadante entrou no lugar de Fernando Haddad no Ministério da Educação.

"Projeto é que nem criança. Se você não acompanhar, ele não melhora, não tem toda sua potencialidade. Tem que mudar o que está errado. Essa parte do projeto é absolutamente virtuosa. Nenhum de nós é soberbo para achar que um projeto é perfeito. Há que reconhecer que, para  um processo que abrange milhões de pessoas, é inevitável que, nos primeiros tempos, você tenha alguns desvios", disse a presidente, se referindo às falhas que têm acontecido nas últimas edições do exame. "E esses desvios temos capacidade de reconhecer e corrigir."

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Segundo Dilma, o Enem criou uma "régua" para seleção dos alunos. "Não estou aqui fazendo a defesa do Enem por nenhum princípio de teimosia. Ao fazê-lo, estou defendendo o Prouni [Programa Universidade para Todos], o Reuni [programa de expansão das universidades federais], o Ciência Sem Fronteiras [que dá bolsas de estudo no exterior]. Agora, podem ter certeza, nós faremos tudo para melhorar cada vez mais o Enem."

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A presidente diz "lamentar" que não pode mais contar com Haddad no MEC. "Lamento muito não poder contar com ele, mas tenho certeza que o Aloizio Mercadante vai estar a altura e espero impulsionar o Mercadante para ficar um pouquinho mais alto. Tenho certo que o [Marco Antonio] Raupp vai fazer o mesmo no MCTI [Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação]", afirmou.

Durante seu discurso, a presidente defendeu que o real desenvolvimento do país só pode se concretizar quando se conseguir dar mais oportunidades à população de emprego e acesso à educação. É o “casamento” das duas áreas que ela reafirmou como meta de seu governo para "acelerar o crescimento" do Brasil.

“Quando se dá o Bolsa Família, quando se cria o Minha Casa, Minha Vida, cria-se oportunidades, mas a grande oportunidade é da filha da lavadeira que virou médica, frase que ouvi de uma moça na solenidade do Prouni. 'Sou a filha da lavadeira que virou medica' é o que nós queremos construir enquanto oportunidade para este país”, resumiu a presidente.

Dilma também brincou com o fato dos ministros estarem emocionados com o momento e com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva, que participou da cerimônia na primeira visita ao Palácio do Planalto, depois de ter passado a faixa presidencial para Dilma. Lula se recupera de um câncer na laringe. “Pode chorar que não faz mal nenhum”, disse Dilma, repetindo os conselhos de Lula.

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