Por causa de greve, universidade em MG adota "plano B" para fazer matrícula de alunos
A UFVJM (Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri), em Minas Gerais, tem enfrentado problemas por causa da greve de funcionários na matrícula dos estudantes selecionados pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A instituição, que ofereceu 876 vagas, precisou mudar a modalidade de registro e, agora, os futuros alunos precisam ir pessoalmente fazer a matrícula.
Segundo Valter Carvalho de Andrade Júnior, pró-reitor de graduação, a matrícula está sendo feita presencialmente, sendo que o candidato tem de deslocar-se de onde mora e ir a um dos campi (Diamantina ou Teófilo Otoni). No processo anterior, o registro era feito via internet e o candidato mandava a documentação, posteriormente, pelos Correios.
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De acordo com ele, os setores de informática e a própria pró-reitoria de graduação aderiram à paralisação, o que obrigou a universidade a adotar a matrícula presencial e remanejar funcionários de setores para o atendimento aos candidatos. "Tivemos que adotar um plano B aqui. O normal seria a matrícula online, inclusive para os calouros", disse.
Alunos de outros Estados
Segundo o pró-reitor as matrículas estão sendo feitas, mas com prejuízo a quem mora em outros Estados, por exemplo. "Mais de 60% dos nossos alunos são da região, mas temos alguns estudantes de São Paulo, Bahia, de Estados do Sul do país que já nos ligaram informando que estão se sentindo prejudicados, porque vão ter um custo extra somente para fazer a matrícula", disse.
Andrade Júnior não soube informar quantas matrículas já foram feitas até o momento.
“Alguns candidatos podem perder a vaga por não terem condições de arcar com os custos da viagem somente para fazer a matrícula e retornar para casa. Porque muitos contam com esse recurso financeiro para virem para cá somente quando se iniciam as aulas. Nós somos uma das poucas universidades que adotam a matrícula online para os calouros justamente para evitar esse custo", completou.
De acordo com a assessoria de comunicação da universidade, 100% dos professores estão em greve, sendo que, no corpo técnico, o índice é calculado em 60% de adesão ao movimento de paralisação.
MEC
Na última sexta-feira (3), o MEC (Ministério da Educação) rebateu a informação da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras) de as matrículas estavam interrompidas em todo o país.
Segundo o ministério, haviam sido registrados problemas na UFC (Universidade Federal do Ceará), na UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), na UFPI (Universidade Federal do Piauí) e em alguns campi da UFT (Universidade Federal de Tocantins) e da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Nesta terça-feira (3), a UFC anunciou a normalização dos registros e disponibilizou a matrícula online.
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