Após 6 meses sem atividades, campus da Ufal invadido por presos deve retomar as aulas na 2ª
Após seis meses sem atividades acadêmicas, o campus da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) em Arapiraca retornará às aulas na próxima segunda-feira (8). As atividades foram suspensas no dia 2 de abril depois que 15 fugitivos do presídio Desembargador Luis de Oliveira invadiram o campus e causaram pânico à comunidade acadêmica.
O retorno das aulas foi decidido na tarde desta quarta-feira (3), após realização de assembleia pelos integrantes da Adufal (Associação dos Docentes da Ufal), que por 122 a 77 votos aprovaram o TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado entre a universidade, o governo do Estado e o TJ (Tribunal de Justiça) para que o mais breve possível seja desativada a unidade prisional com a transferência total dos detentos, entre outras medidas de segurança que devem ser tomadas para garantir a integridade da comunidade acadêmica.
Até que o presídio não seja desativado a Ufal iniciou a ampliação de um muro de 180 metros de extensão e seis metros de altura, além da fixação de cercas duplas para dar mais segurança ao local.
O trabalho será fiscalizado por uma equipe formada por representantes do Poder Executivo, do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, por meio da Comissão dos Direitos Humanos, do Ministério Público Estadual e da Ufal. A obra está sendo custeada pelo MEC (Ministério da Educação).
Durante o horário de aulas, o campus da Ufal em Arapiraca deverá ter a presença ostensiva da polícia para evitar novas invasões.
Segundo a Ufal, serão implantadas ações socioeducativas que ajudem no processo de ressocialização dos apenados e melhorem o relacionamento dos agentes penitenciários com o Campus Arapiraca.
“Com a volta às aulas, outra ação da gestão será a instalação da Reitoria no Campus Arapiraca, a partir da próxima semana. O reitor, a vice-reitora e os pró-reitores estarão naquela unidade para dar apoio direto à comunidade”, destacou a nota da Ufal.
A fuga
Testemunhas relataram a polícia que alunos, professores e funcionários ficaram no meio do fogo cruzado entre a PM (Polícia Militar) e agentes penitenciários que tentaram, em vão, recapturar os fugitivos. Um funcionário foi mantido refém, mas liberado depois sem graves lesões físicas.
“Fugas de presos do Presídio Desembargador Luís Oliveira Sousa, em especial a do último 2 de abril, causaram pânico e sensação de insegurança em toda a comunidade acadêmica do Campus Arapiraca, que fica vizinho à unidade prisional. Isso motivou a paralisação das atividades desde aquela data”, informou em nota a universidade.
Transferência
Os presos do presídio Luís de Oliveira Souza irão para uma nova unidade prisional que está sendo construída no município de Craíbas (a 145 km de Arapiraca). As obras devem ser concluídas no prazo de sete meses após a data da assinatura do contrato da construção.
O prédio do presídio de Arapiraca será doado para a Ufal e fará parte do patrimônio da universidade.
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