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Acidente em laboratório da UnB fere dois alunos

Da Agência UnB

09/10/2012 11h21

Um acidente no Laboratório de Materiais e Combustíveis da UnB (Universidade de Brasília), na tarde desta segunda-feira (8),  feriu dois estudantes do Instituto de Química. Henrique Lima Oliveira, 24, aluno do mestrado, e Maria Clara da Silva, 19, do terceiro semestre de graduação, foram atingidos por estilhaços de vidro e uma solução química quando trabalhavam em experimentos. O acidente ocorreu por volta das 15h15.

Socorridos pelo Corpo de Bombeiros, acionado imediatamente por professores e alunos que também trabalhavam no laboratório, os estudantes foram levados para o hospital. Atendido no Hospital Universitário de Brasília, Henrique Lima Oliveira foi ferido no ombro, levou três pontos na região, e foi liberado em seguida. Maria Clara da Silva sofreu queimaduras no braço, em função de contato com produtos químicos, e teve pequenos cortes no rosto, abdômen e pescoço.

Em razão das queimaduras, foi atendida no Hospital de Base do Distrito Federal. Ana Katia Fernandes, funcionária do Serviço do Atendimento Médico da UnB que acompanhou os alunos no hospital, afirmou que o estado de Maria Clara é estável e a expectativa era que ela fosse liberada ainda durante a noite, após exames. “Fiquei muito preocupada quando fui informada do acidente, mas me tranquilizei ao saber que ela está bem”, contou Marly, mãe da aluna, que acompanhou a filha no Hospital de Base.

De acordo com o professor Paulo Suarez, coordenador do laboratório, Maria Clara guardava o material de pesquisa quando um dos recipientes estourou. Segundo ele, que voltava de viagem quando foi informado, por telefone, sobre o acidente, não houve incêndio e nem danos patrimoniais. Cerca de 20 pessoas estavam no laboratório no momento, entre elas cinco professores, além de alunos de graduação, mestrado e doutorado. “Primeiro, foi o barulho que assustou. De repente, levei uma pancada no ombro e me joguei no chão, sentindo um incômodo no rosto, mas não sei explicar o que aconteceu”, contou Henrique Lima. 

Os estilhaços atravessaram o jaleco e a camiseta do aluno, que assim como Maria Clara usava óculos de proteção e sapatos apropriados para o laboratório. “Orientamos muito bem os alunos, insistimos sempre que usem óculos de segurança, jaleco, roupa fechada, calça comprida e sapatos fechados”, comentou Marcos Juliano Prauchner, vice-diretor do Instituto de Química.

Paulo Suarez reafirma a segurança do local e o caráter extraordinário do ocorrido. “O laboratório existe desde 2001 e esse foi o primeiro caso de acidente”, disse. Ele lamentou que, após a jovem ser socorrida seus pertences permaneceram no local e o celular foi roubado, o que inclusive dificultou o contato com familiares.

Após socorrer os alunos, a equipe do Corpo de Bombeiros inspecionou o laboratório para verificar se a circulação era segura em razão do derramamento da substância. Por volta das 16h, liberaram a área para limpeza. “Não será preciso perícia nem isolamento da área porque já sabemos o motivo do acidente: a manipulação do ácido clorídrico com ácido nítrico”, afirmou o tenente Ulhôa, do Corpo de Bombeiros, comandante da operação.