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Bolsistas sentem falta de comida brasileira e reclamam do frio que começa a aumentar em Portugal

Gilberto Costa

Da EBC, em Lisboa

02/12/2012 11h34

Os estudantes brasileiros que conseguiram uma bolsa para cursar parte da graduação em Portugal, por meio do Programa Ciência sem Fronteira, começaram a chegar ao país em setembro, pouco antes do início do outono no Hemisfério Norte e da queda da temperatura na região. Atualmente, os termômetros em Lisboa têm marcado em torno de 10 graus Celsius (ºC).

A temperatura deverá cair ainda mais nos próximos dois meses com a chegada do inverno. “É um vento gelado e o sol não esquenta”, descreve Aline Pacheco Albuquerque, que estuda química industrial na Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande, e é bolsista na Universidade de Lisboa.

O frio também incomoda Jéssika Hirata, que cursa engenharia civil na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e se prepara para o inverno em Coimbra. “Já sinto saudade de temperaturas mais altas, mas não daquele calor de Cuiabá”, diz. A maior preocupação da estudante, no entanto, não é a mudança de clima, mas de alimentação. “A comida é muito diferente.”

Estudante da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e bolsista na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Gabriel dos Passos Gomes disse à Agência Brasil que não sentirá falta do verão carioca, com temperaturas de até 40 ºC, mas reclama da falta de feijão na dieta portuguesa.

Além do feijão com arroz, Aline Pacheco sente falta da carne bovina. “Aqui eles comem mais peixe e carne de porco”, descreve.