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Jovens que namoram na escola correm mais riscos de beber e usar drogas

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

18/03/2013 14h38Atualizada em 18/03/2013 15h05

Adolescentes que namoram durante o ensino fundamental e médio têm maior probabilidade de abandonar os estudos e duas vezes mais possibilidades de se envolver com álcool, cigarros e drogas do que os que ficam solteiros. Essa foi a conclusão de um estudo realizado na Universidade de Geórgia (EUA).

Namoro na escola

  • 38%

    dos estudantes

    disseram namorar durante a maior parte do fundamental e médio

  • 22%

    dos alunos

    começaram a namorar no ensino médio

Fonte: Journal of Research on Adolescence

    A pesquisadora Pamela Orpinas acompanhou um grupo de 624 estudantes durante um período de sete anos entre o ensino fundamental e o médio. A cada ano, os alunos deveriam preencher um formulário sobre seu comportamento, incluindo o uso de drogas e de álcool. Os professores, por sua vez, respondiam a questionários sobre o desempenho acadêmico desses estudantes.

    “Em todos os momentos, os professores apontaram os melhores resultados acadêmicos entre os alunos que tinham baixa frequência de relacionamentos amorosos e os piores resultados entre aqueles com maior frequência de relacionamentos”, indica o artigo publicado no periódico acadêmico “Journal of Research on Adolescence”.

    • Shin Shikuma/UOL

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    • Arte/UOL

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    No artigo, a professora do departamento de Saúde Pública afirma que uma possível explicação para o pior desempenho acadêmico dos adolescentes que se relacionam amorosamente desde cedo é o fato deles participarem de um grupo de comportamento de alto risco.

    Complicações amorosas

    “Namorar com um colega de classe pode ter as mesmas complicações emocionais de sair com um colega de trabalho”, afirmou. “Quando o casal se separa, eles têm de continuar a se encontrar nas aulas e, talvez, ver seu ex saindo com outra pessoa. É razoável pensar que este cenário pode estar relacionado à depressão e desviar a atenção dos estudos”.

    Os pesquisadores afirmam serem necessários outros estudos para identificar quais são as características que distinguem um relacionamento sadio de um que pode levar a problemas comportamentais.