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"Ofereço feijoada e pão de queijo", diz brasileiro que recebe estrangeiro

Claudia Emi Izumi

DO UOL, em São Paulo

14/06/2013 06h00

Radif Jorge Neto, 19, mora em Uberlândia (MG) com os pais e um irmão mais novo de 12 anos. A família começou a hospedar estudantes estrangeiros que vêm ao país pela Aiesec no Brasil a partir de 2012. 

“Achei que a experiência poderia ser interessante, tanto para praticar outro idioma quanto para ter acesso a culturas diferentes”, explica. Ele mesmo não fez ainda um intercâmbio no exterior, mas fala inglês e um pouco de espanhol e francês. “Você ganha outras coisas também. No meu caso, aprendi a ter mais pontualidade, fiz amizades e melhorei a fluência em ouros idiomas”, diz. 

A família faz agrados quando o novo hóspede chega ao Brasil. “Geralmente ofereço feijoada, pão de queijo e caipirinha”, conta Radif. Até agora, foram duas as estrangeiras – um suíça e uma italiana – recepcionadas em épocas diferentes, que ficaram no país por até dois meses. Quando chega uma nova, o irmão caçula cede seu quarto para ela e se muda provisoriamente para o de Radif.  

“Minha mãe prefere mulher porque fica mais à vontade”, explica o estudante de ciências contábeis da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) sobre as intercambistas. “Ela não tem filha, então se diverte, porque acaba sendo amiga e companheira das meninas. Ela as vê como filhas, e depois é uma choradeira na hora de irem embora.”

Como tem primos que moram na Suíça, Radiff já viajou para o país e aproveitou para rever a intercambista suíça e conhecer a família dela.