Estudante faz disparo acidental em banheiro de escola municipal no Rio
Felipe Martins
Do UOL, em São Paulo
20/06/2013 13h29
Um aluno de 14 anos fez um disparo acidental no banheiro da Escola Municipal Goiás, localizada em Piedade, zona norte do Rio, na quarta-feira (19). Ele estava exibindo a pistola calibre 380 para três colegas quando o tiro aconteceu.
A arma pertence ao padrasto do adolescente, que é policial militar. Segundo a polícia, estilhaços da bala atingiram o pátio da escola. Contudo, ninguém ficou ferido.
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Para o delegado da 24ª DP (Piedade), Hércules Nascimento, que investiga o fato, o trabalho da polícia aponta para um disparo acidental por parte do menino, que pegou a arma escondido do padrasto.
No depoimento, o aluno autor do disparo disse que estava com a arma para se proteger de ameaças de outro adolescente "O estudante alega que foi a uma festa na semana passada e que, nessa festa, ficou com uma garota. Isso teria desagradado um outro menor. O estudante, segundo disse no depoimento, estaria andando com a arma para se proteger desse garoto", contou o titular da distrital.
Consequências
Ainda de acordo com o delegado a arma é legalizada. Com o acidente, o padrasto do garoto responde por falta de cautela ao guardar a arma, conforme prevê o estatuto do desarmamento. O estudante, por sua vez, por porte e disparo de arma de fogo , além de crime de exposição à vida de terceiros, em razão da presença dos três colegas no momento do disparo.
A coordenadora da Escola Municipal Goiás, que se identificou apenas como Sônia, informou que não havia crianças no pátio no momento do disparo e que a instituição "tomou as providências cabíveis". "Todas as crianças estavam em sala quando tudo aconteceu. Nós chamamos a guarda municipal, a polícia e os pais do menino. Cabe agora a CRE (Coordenadoria Regional de Educação) tomar a decisão sobre o aluno", declarou.
Secretaria
A Secretaria Municipal de Educação informou por meio de nota que, de acordo com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação, já foi aberta uma sindicância para apurar o caso. Ainda de acordo com o texto, a Secretaria diz que não admite esse tipo de conduta nas unidades escolares e a direção vai aplicar o Regimento Escolar Básico.
Entre outras medidas de caráter pedagógico e disciplinar para os alunos, o regimento prevê punições que vão da advertência ao encaminhamento dos casos mais graves aos conselhos tutelares. A nota é encerrada informando que uma equipe do Niap (Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares), formado por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, vai acompanhar o caso.
A reportagem do UOL tentou localizar o padrasto do menino por meio da Polícia Militar, mas a PM não autorizou o policial a falar.