Alunos ocupam reitoria da UFMS; universidade pede reintegração de posse
Estudantes ocupam desde o fim da tarde sexta-feira (30) a reitoria da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). O grupo, formado por ao menos 15 pessoas (de acordo com a UFMS), pede moradia estudantil, abertura do restaurante universitário no período noturno – além de exigir a gratuidade das refeições –, creche e eleições paritárias, entre outras demandas. Os alunos dizem que cerca de 70 pessoas estão local e que o número é flutuante no horário de aula.
Na tarde desde desta segunda-feira (2), o movimento realizará uma assembleia para discutir a pauta de reivindicações. Os estudantes não têm o apoio formal do DCE (Diretório Central dos Estudantes).
Em nota publicada na página do movimento no Facebook, os alunos dizem que já apresentaram várias vezes suas pautas à reitoria e que as demandas não foram atendidas. A reportagem tentou entrar em contato com o grupo, que se recusa a conceder entrevistas.
Estudantes dormem no saguão da reitoria da UFMS desde a tarde de sexta-feira (30)
A universidade disse que até a tarde de hoje não tinha sido informada sobre as demandas do grupo e que não houve pedido de encontro com representantes da reitoria. A UFMS ainda informou que há um programa para a implantação de moradias estudantis nos dez campi da universidade e que não houve corte nos benefícios para permanência dos alunos.
A universidade afirma que pediu à Justiça, nesta segunda-feira, a reintegração de posse da reitoria, porque o prédio teria sido pichado.
Operação
O movimento ainda pede a saída da reitora Célia Maria Silva Corrêa Oliveira e a intervenção do MEC (Ministério da Educação), após uma operação que investigou denúncias de fraude em licitações em obras, formação de quadrilha, corrupção passiva e peculato no Hospital Universitário e no Hospital do Câncer, ambos em Campo Grande.
A operação Sangue Frio ocorreu em março deste ano em uma ação conjunta da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União).
Em depoimento sobre o caso na CPI da Saúde, na Câmara Municipal, a reitora disse que o HU tem autonomia na gestão e que não tinha conhecimentos das supostas irregularidades.
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