Justiça decide levar caso de estudante morto na Unicamp a júri popular
A Justiça de Campinas (a 93 km de São Paulo) decidiu levar a júri popular os três acusados pela morte do estudante Denis Papa Casagrande, 21, que ocorreu dentro do campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudante de engenharia mecatrônica foi morto após ser agredido e levar uma facada no dia 21 de setembro do ano passado.
A decisão foi protocolada nesta segunda-feira (24) pelo juiz da 1ª Vara do Júri de Campinas, José Henrique Torres. André Ricardo de Souza Mota e o casal de namorados Maria Tereza Alexandrino Peregrino e Anderson Marcelino Ferreira Mamede foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado.
No processo, Maria Tereza é apontada como autora do crime, e Anderson Mamede e André Motta são considerados cúmplices do homicídio. Ainda cabe recurso da decisão, mas os advogados dos réus não foram encontrados pelo UOL para comentar o caso. Agora, se a defesa não recorrer, o julgamento poderá ser marcado em um prazo de três meses.
O casal está detido preventivamente desde 27 de setembro do ano passado. André Motta responde ao processo em liberdade. Durante todo o tempo, os advogados tentaram reforçar a tese de que o crime foi cometido em legítima defesa.
Segundo o promotor público Fernando Viana, que denunciou o trio, a decisão do juiz não o surpreendeu. "O Ministério Público já esperava essa decisão. Agora, esperamos que a sociedade entenda que os réus praticaram um crime brutal”, disse Viana.
O caso
Denis Casagrande foi morto durante festa na Unicamp
Denis Papa Casagrande morreu após levar uma facada e ser espancado por um grupo de punks durante uma confusão generalizada em uma festa clandestina dentro do campus da Unicamp, no dia 21 de setembro de 2013.
Maria Tereza Peregrino, 20, confessou ter dado a facada que matou o estudante. O namorado dela, Anderson Mamede, 20, e André Motta, 22, também foram denunciados pelo crime.
Maria Tereza vem alegando legítima defesa desde o início do caso. Segundo ela, Casagrande a teria assediado em um local que era usado como banheiro. Já o MP afirmou que Dênis teria sido confundido com outra pessoa pela jovem.
Dois adolescentes acusados de participar da morte também foram apreendidos. Eles estão na unidade da Fundação Casa na região de Campinas. A punição máxima possível para ambos é de três anos de internação.
Um dos adolescentes tem 15 anos e o outro completou 18 após o crime, mas, como tinha 17 na ocasião, será julgado como menor. Ambos confessaram que faziam parte do grupo que agrediu Casagrande.
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