Jovem que confessou morte de estudante da Unicamp e namorado são presos
A Polícia de Campinas prendeu, na noite dessa sexta-feira (27), a atendente de telemarketing Maria Tereza Peregrino, 20, que confessou ter esfaqueado o estudante Denis Papa Casagrande, 21, durante uma festa dentro do campus da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Campinas, no último sábado (21).
Denis cursava o segundo ano de engenharia e controle de automação, da Faculdade de Engenharia Mecânica. Ele foi atingido no abdômen por quatro facadas durante uma briga com punks por volta das 3h30, em uma festa no teatro arena da Unicamp. O estudante chegou a ser socorrido para um hospital, mas morreu no local.
Segundo a polícia, o namorado de Maria Tereza, Anderson Mamede, 20, suspeito de ter agredido o estudante durante a briga generalizada, também foi preso, por volta das 23h. O casal foi detido em casa e levado para o setor de homicídios, no 1º DP (Distrito Policial) de Campinas.
Dias depois do crime, Mamede chegou a ser apontado como principal suspeito. Em depoimento à polícia na segunda-feira (23), ele admitiu ter batido no estudante com um skate, mas negou ser o autor das facadas e acusou a namorada.
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Na dia seguinte (24), Maria Tereza confessou ser a autora das facadas. Ela argumenta que agiu em legítima defesa, em reação a uma investida do estudante, que teria tentado agarrá-la. Mamede e Maria Tereza não eram alunos da universidade.
"Foi legítima defesa. O cara tentou agarrar ela à força e bateu nela", afirmou o atendente Mamede, enquanto os dois se dirigiam a um carro. "Infelizmente ele [Casagrande] morreu e não está aqui para poder comprovar nada", disse ele na segunda-feira (23), após depoimento na delegacia de polícia.
Segundo um amigo que morava com o estudante de engenharia, um grupo de jovens o atacou. "Bateram até com um skate", disse o rapaz, que pediu para não ser identificado.
Agora, a polícia analisa imagens do circuito de segurança da Unicamp para testar a veracidade das informações prestadas pelo casal.
Por conta da ocorrência, a Unicamp decidiu, nesta sexta-feira (27), autorizar a entrada da Polícia Militar em seus quatro campi: Campinas, Limeira, Piracicaba e Paulínia. A universidade também admitiu que sabia da realização da festa, mas que não tinha dimensão da quantidade de gente que participaria do evento.
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