Em GO, festa de calouros anuncia tequila grátis para garota de saia
Do UOL, em São Paulo
25/02/2015 13h09Atualizada em 25/02/2015 15h15
Uma festa de calouros promovida pela Liga das Engenharias da UFG (Universidade Federal de Goiás) causou polêmica nas redes sociais antes mesmo de acontecer. Segundo o cartaz divulgado pela Liga, meninas vestidas de “sainha” ou “vestidinho” teriam bebida de graça no dia 10 de abril, quando a 13ª edição da festa será realizada.
Em pouco tempo, a organização foi acusada de sexismo e incentivo ao estupro. “É uma pena que em pleno século 21 organizadores de tais tratem mulheres como iscas em noitadas e dê recompensas dependendo da roupa”, diz um texto compartilhado por movimentos feministas na internet.
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A Liga das Engenharias respondeu, em nota publicada no Facebook, que a acusação é uma “calúnia”. “Queremos destacar que NÃO COMPACTUAMOS de forma alguma com essa ‘cultura do estupro’ e pedimos DESCULPAS pelo mal entendido”, diz.
A promoção foi suspensa e o grupo informou que realizará reuniões com a reitoria da UFG para discutir o assunto. “Esperamos o contato de qualquer grupo que esteja disposto a conversar e sugerir formas de retratação”, informou ao UOL.
Contra o trote violento
Em nota, a UFG disse que "não pactua com a iniciativa" e que "não possui qualquer vinculação com o evento que está utilizando o nome da instituição sem autorização prévia". "Embora a festa não seja de responsabilidade da universidade, este tipo de manifestação é uma preocupação da Pró-reitoria de Graduação, que vai chamar os organizadores para uma reunião sobre o assunto".
A UFG divulgou no início deste ano letivo a campanha “Parece só uma brincadeira, mas não é” para tentar acabar com ofensas sexistas e atos de violência durante o trote de calouros. Segundo a universidade, os cartazes tentam inibir atitudes que violem a liberdade individual ou submetam os estudantes a algum tipo de constrangimento.