Em GO, festa de calouros anuncia tequila grátis para garota de saia
Uma festa de calouros promovida pela Liga das Engenharias da UFG (Universidade Federal de Goiás) causou polêmica nas redes sociais antes mesmo de acontecer. Segundo o cartaz divulgado pela Liga, meninas vestidas de “sainha” ou “vestidinho” teriam bebida de graça no dia 10 de abril, quando a 13ª edição da festa será realizada.
Em pouco tempo, a organização foi acusada de sexismo e incentivo ao estupro. “É uma pena que em pleno século 21 organizadores de tais tratem mulheres como iscas em noitadas e dê recompensas dependendo da roupa”, diz um texto compartilhado por movimentos feministas na internet.
A Liga das Engenharias respondeu, em nota publicada no Facebook, que a acusação é uma “calúnia”. “Queremos destacar que NÃO COMPACTUAMOS de forma alguma com essa ‘cultura do estupro’ e pedimos DESCULPAS pelo mal entendido”, diz.
A promoção foi suspensa e o grupo informou que realizará reuniões com a reitoria da UFG para discutir o assunto. “Esperamos o contato de qualquer grupo que esteja disposto a conversar e sugerir formas de retratação”, informou ao UOL.
Contra o trote violento
Em nota, a UFG disse que "não pactua com a iniciativa" e que "não possui qualquer vinculação com o evento que está utilizando o nome da instituição sem autorização prévia". "Embora a festa não seja de responsabilidade da universidade, este tipo de manifestação é uma preocupação da Pró-reitoria de Graduação, que vai chamar os organizadores para uma reunião sobre o assunto".
A UFG divulgou no início deste ano letivo a campanha “Parece só uma brincadeira, mas não é” para tentar acabar com ofensas sexistas e atos de violência durante o trote de calouros. Segundo a universidade, os cartazes tentam inibir atitudes que violem a liberdade individual ou submetam os estudantes a algum tipo de constrangimento.
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