Professores em greve protestam no centro de Curitiba
Servidores de diversas partes do Paraná realizam novo protesto na manhã desta terça-feira (5) no centro cívico de Curitiba. O ato, o terceiro desde o embate da última quarta-feira (29) que deixou mais de 200 professores feridos, foi organizado pelo Fórum das Entidades Sindicais e pela APP – Sindicato. “Nós não vamos esquecer”, disse a presidente da entidade Marlei Fernandes.
No entorno da praça 19 de Dezembro, onde os servidores estão reunidos, a todo o momento chegam ônibus. “Participei de todas as manifestações. Só não apanhei no dia 29”, brinca a professora de português Juracir dos Santos, 61 anos, que veio de Paranaguá, no litoral do Estado, com mais 120 professores.
Também há ônibus de Apucarana, no centro-norte, e de Ponta Grossa, no centro do estado. “Estamos protestando de novo para mostrar nossa indignação”, disse a professora universitária Carle Roggemkamp, 38. Além de professores do estado, o ato também reúne servidores de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Da praça 19 de Dezembro eles seguem até o Paládio Iguaçu, sede do governo do estado.
Protestos
Os protestos começaram porque os deputados votaram, a portas fechadas, o projeto do governo Beto Richa (PSDB) que modifica a previdência dos funcionários públicos estaduais. Os professores, ao tentaram romper o cerco da Polícia Militar na Assembleia Legislativa e impedir a votação, na última quarta-feira (29), foram recebidos com bombas de gás e balas de borracha. Segundo a Prefeitura de Curitiba, foram mais de 200 feridos.
A polêmica lei de reforma da previdência, sancionada pelo governador na quinta-feira (30), transfere mais de 33 mil beneficiários do Fundo Financeiro, bancado pelo governo estadual, para o fundo Previdenciário, composto pela contribuição dos próprios servidores. A mudança, na prática, dará ao governo uma economia de R$ 125 milhões por mês.
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