Polícia investiga alunos que teriam fraudado notas em site de universidade
Rayder Bragon
Do UOL, em Belo Horizonte
02/06/2015 12h27Atualizada em 02/06/2015 15h21
A PF (Polícia Federal) ouviu, nesta terça-feira (2), seis estudantes universitários acusados de terem fraudado sistema de notas de alunos da Universidade Federal de Uberlândia, situada na cidade localizada a 557 km de Belo Horizonte, no Triângulo Mineiro.
Conforme a corporação, os suspeitos foram conduzidos e interrogados na sede da polícia. Para a "Operação Boletim", a Justiça expediu seis mandados de busca e apreensão da que foram cumpridos nas cidades de Uberlândia e Uberaba (472 km da capital mineira), onde residem os alunos.
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Os suspeitos teriam confessado a fraude e apontado como principal mentor do esquema um aluno do curso da ciência da computação, que teria alterado as notas para si e para os amigos. De acordo com a PF, ele havia descoberto uma fragilidade no sistema e passou a fraudar as notas. O estudante não cobrava nada pelo serviço.
Os beneficiários da fraude apontada pela PF, ao todo sete estudantes, estão matriculados nos cursos de direito, engenharia elétrica, ciência da computação e educação física. A investigação foi iniciada há dois meses e teria comprovado a fraude em dezenas de notas desses alunos, que não tiveram os nomes divulgados, nos últimos doze meses.
Os suspeitos foram ouvidos e liberados, mas vão responder pelos crimes de formação de quadrilha e invasão de sistema de informática, cuja pena pode chegar a 4 anos de prisão.
Reprovados
Em nota, a universidade informou que, de imediato, os alunos envolvidos na fraude serão reprovados nas disciplinas cujas notas foram alteradas.
“Ainda, no âmbito administrativo, a Comissão Permanente de Sindicância e Inquérito Administrativo (COPSIA) da Universidade Federal de Uberlândia vai abrir um procedimento para detectar o grau de envolvimento de cada estudante, o que pode gerar de advertência até expulsão”.
O informe ainda revelou que a universidade tomou ciência do ataque ao sistema de notas no início deste ano, quando acionou a Polícia Federal e repassou o nome dos alunos suspeitos de integrarem o esquema fraudulento. A reitoria teria sido orientada pela PF a manter sigilo sobre o caso.