Professores da Ufop aprovam greve a partir de 13 de julho

Professores da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), região central de Minas Gerais, entram em greve a partir da próxima segunda-feira (13). A medida aprovada em assembleia da categoria, nesta quinta-feira (09), soma-se a mobilização dos técnicos-administrativos, que estão de braços cruzados desde 1º de junho. Ao todo, a Ufop tem 900 docentes em três campi: Ouro Preto, Mariana e João Monlevade.
Os docentes querem a reestruturação da carreira, garantia de financiamento público estável e suficiente às instituições. Além do reajuste salarial de 27%, eles protestam contra os cortes que atingiram a educação. No caso de Ouro Preto, o impacto será de 47% no orçamento de custeio. Segundo o reitor da Ufop, Marcone Jamilson, isso representa um corte de R$ 15 milhões em projetos, obras, acervos, equipamentos e mobiliário, entre outros.
De acordo com o presidente da Adufop (Associação dos Docentes da Ufop), Luís Seixas, os cortes devem afetar serviços essenciais como a energia elétrica e aquisição de materiais básicos para o funcionamento da universidade. Segundo ele, a greve é por tempo indeterminado e, se não houver resposta do governo, o segundo semestre letivo em Ouro Preto e nas outras 40 universidades federais estará comprometido.
“Os cortes preocupam muito e coloca em xeque a expansão universitária. Para se ter ideia, isso significa retornar com orçamento anterior ao ano da expansão universitária. É preciso reagir agora para evitar prejuízos para a educação”, disse Seixas.
Segundo balanço do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior), em todo o país, docentes de 40 universidades já aderiram ao movimento. Em Minas Gerais, além da Ufop, os professores de outras duas federais estão parados: Ufla (Universidade Federal de Lavras) e UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri).
“Os cortes levaram o orçamento de hoje aos padrões de 2004, e com a expansão que houve e a quantidade de estudante e os projetos desenvolvidos pela universidade, ela não conseguirá cumprir suas obrigados até o fim do ano”, diz Sérgio Neves, diretor do Assufop (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Ufop).
A greve dos técnicos acontece há 40 dias e conta com a adesão de 95% dos trabalhadores da Ufop, conforme o sindicato. De acordo com o CNG (Comando Nacional de Greve) da Fasubra, em todo o país, 65 instituições aderiram ao movimento.
A categoria cobra reajuste salarial de 27,3%, o fim dos cortes no orçamento da educação, abertura de concurso e a extinção da terceirização no serviço público. O governo ofereceu reajuste de 21,3% a ser pago em quatro vezes até 2019. A proposta foi rejeitada pela categoria por considerar o índice insuficiente.
O comando de greve informou que a paralisação e as negociações continuam, e que uma nova reunião deverá ser agendada. O governo federal tem até o dia 21 de agosto para enviar ao Congresso Nacional os projetos de lei que resultarem dos acordos.
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