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"Sempre tive facilidade", diz paulista com maior nota de matemática no Enem

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Lucas Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

09/01/2016 16h37

Felipe Kenzo Granado Miura, 17, é um dos pelo menos três candidatos que fizeram história no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Eles tiraram a nota 1.008,3 em matemática --pontuação nunca antes conquistada. "Sempre tive facilidade com a matéria. Isso desde criança", conta.

Filho de UM administrador, Kenzo terminou em 2015 o terceiro ano do ensino médio no colégio Objetivo, de Mogi das Cruzes (a 57 km da capital paulista), um dos melhores de São Paulo no Enem por Escola 2014. Com a nota no exame, o estudante pretende cursar medicina. “Fiquei surpreso. Contei para os meus pais e eles ficaram muito orgulhosos.”

Além dele, o piauiense Vitor Melo Rebelo e o paulista Mathias Dunker também conseguiram a façanha de ter mais de mil pontos na área de matemática e suas tecnologias.

Em medicina, Kenzo conseguiu acertar 81 questões dentre 90 na primeira fase da Fuvest, vestibular da USP (Universidade de São Paulo) --curso com a maior nota de corte. São necessários ao menos 73 pontos para ir à segunda fase, que começa neste domingo (10).

"Para o Enem, eu nem estudei muito. Só fiz simulados. Estudo mais focado para a Fuvest”, conta. Segundo ele, chegava à escola às 7h30 e só saía por volta das 17h, após passar a tarde toda revisando conteúdos vistos em sala de aula.

O estudante ainda costuma participar de olimpíadas de matemática e física desde 2012.

Nota do Enem de Felipe Kenzo Granado Miura - Reprodução - Reprodução
Felipe Kenzo Granado Miura tirou nota 1.008,3 em matemática no Enem 2015
Imagem: Reprodução

Segredos

Para Kenzo, o importante é prestar muita atenção nas matérias vistas em sala de aula. Depois, é necessário resolver os exercícios das disciplinas do dia. Além disso, o estudante gosta de estudar em grupo.

“Gosto de ficar junto com os meus amigos. Acho bom porque dou uma distraída de vez em quando. Eles me motivam e vice-versa”, avalia.

Mas se engana quem pensa que Kenzo não faz outras coisas a não ser estudar. O jovem conta que tira as noites para ir à academia com o pai e os finais de semana para jogar bola, basquete e relaxar com os amigos.

“Você tem que saber o seu limite. Não adianta estudar que nem louco. Isso cansa a cabeça e é pior”, diz. “Você tem que saber o quanto já aprendeu e dar aquela descansada para renovar a cabeça e poder estudar de novo.”

Com a nota do Enem, Kenzo pretende entrar em alguma federal no curso de medicina. Além do exame nacional e da Fuvest, ele prestou os vestibulares da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista).