Professores do RJ entram em greve por tempo indeterminado
Os professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro iniciaram nesta quarta-feira (2) uma greve por tempo indeterminado.
Segundo o Sepe (sindicato da categoria), os professores pedem reajuste salarial e o fim dos atrasos e parcelamentos de pagamento dos salários e benefícios. Eles também são contra o projeto de lei enviado pelo governador Pezão à Assembleia Legislativa do RJ que altera o regime previdenciário dos servidores estaduais.
A greve foi decidida em assembleia realizada no último dia 20.
Nesta quarta, os professores realizam assembleia na Fundição Progresso. A partir das 15h, eles devem se unir a outros setores do funcionalismo estadual nas escadarias da Alerj contra o projeto de mudança na previdência. Em seguida, está prevista uma passeata até a Cinelândia, no centro do Rio.
'Difícil momento econômico'
A Secretaria de Educação informou que na manhã desta quarta-feira cerca de 3% dos servidores, de um total de 82 mil, faltaram. A pasta disse ainda que "lamenta a decisão do Sepe de, a partir de 2 de março, iniciar uma greve. Essa atitude, no atual e conhecido difícil momento econômico do Estado, somente prejudica os alunos dos professores que aderirem".
A secretaria também diz que as demandas apresentadas pela categoria "não dependem exclusivamente da Seeduc" e que a mudança na data de pagamento dos salários (até o sétimo dia do mês) foi "para se adequar à drástica queda na arrecadação de receitas".
"Em relação ao 13° salário, já foram pagos cerca de 70% do total: cabe destacar que, para aqueles que optaram pelo parcelamento, os valores estão sendo corrigidos, mensalmente, em percentuais acima da inflação, como forma de compensar o funcionalismo. Faltam apenas duas parcelas 13º a serem quitadas. Metade do benefício foi pago, integralmente, em julho do ano passado".
"Já o projeto de lei com mudanças previdenciárias encaminhado à Assembleia Legislativa é uma das medidas para sanar, em caráter definitivo, o déficit da previdência. A proposta é implementar gradativamente, beneficiando o próprio servidor", disse em nota.
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A greve dos professores do estado do Rio de Janeiro é mais que justa. As contas tem data de vencimento e o senhor Pezão muda o dia de pagamento quando quer, apenas dando uma canetada e criando uma lei legalizando esse absurdo e esquece que não acontece o mesmo com os vencimentos de nossas contas. Não bastando isso, dividir uma metade de décimo terceiro (que não é muito) em 5 vezes é sacanear ao máximo. Como podemos querer um país digno se a educação continua sendo tratada como lixo? Essa greve é de todos aqueles que lutam por um Brasil melhor e não só de uma categoria de servidores.