Homem é condenado pela morte de universitário em festa de calouros em BH
O soldador Pedro Henrique Costa Lourenço, 29, foi condenado, nesta terça-feira (12), a 19 anos de prisão, em regime fechado, pela morte do universitário Daniel Adolpho de Melo Vianna, 23, ocorrida durante uma calourada no entorno da PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), em Belo Horizonte.
O crime ocorreu em agosto do ano passado em um bar localizado no bairro Coração Eucarístico, na região noroeste da capital mineira. Lourenço é acusado de ter efetuado um disparo contra a cabeça da vítima. Vianna era estudante de direito, mas não fazia parte da comunidade acadêmica da PUC-MG. Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio contra um outro frequentador do local, que foi ferido de raspão no pescoço, que tentou impedir sua fuga.
Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o júri popular ocorreu no Fórum Lafayette, e o corpo de jurados foi formado por quatro homens e três mulheres.
Lourenço disse, durante seu interrogatório, que os disparos foram acidentais e resultantes de uma briga entre ele e outras pessoas que estavam no bar. No entanto, a motivação para a confusão não foi esclarecida nem a razão por ele ter ido com uma arma de fogo ao local.
A defesa poderá recorrer da sentença, mas ainda não se pronunciou sobre essa hipótese.
Esbarrão
À época, a Polícia Civil de Minas Gerais tinha informado que o acusado havia se irritado por causa de um esbarrão dado nele pela vítima. Em seguida, ele teria sacado a arma e disparado contra o rosto do estudante. Amigos do universitário conseguiram segurar e desarmar o homem. Em seguida, a Polícia Militar foi acionada.
A PUC-MG havia emitido uma nota na qual tinha informado que a calourada não era promovida pela instituição de ensino.
O texto informou ainda que o local onde era realizado o evento “é sabidamente frequentado por um grande número de pessoas, entre alunos da PUC Minas, provocando, muitas vezes, transtornos para o trânsito e riscos para a segurança de toda a comunidade”.
O local onde ocorreu o crime, conhecido como "Shopping Rosa", chegou a ser interditado pela Prefeitura de Belo Horizonte.
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