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Emocional foi essencial para evoluir, diz 1ª em medicina do Einstein

"Tinha muita dificuldade em matemática e geografia. Foram as matérias em que eu tive que me superar", conta Rachel Carvalho Carmona, 19, primeira colocada em medicina na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein - Arquivo pessoal
"Tinha muita dificuldade em matemática e geografia. Foram as matérias em que eu tive que me superar", conta Rachel Carvalho Carmona, 19, primeira colocada em medicina na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein Imagem: Arquivo pessoal

Hugo Araújo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/07/2016 06h00

Estudar as matérias nas quais você tem mais dificuldade é importante, mas cuidar do emocional é igualmente essencial. É o que afirma a estudante Rachel Carvalho Carmona, 19, primeira colocada em medicina na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, instituição ligada ao hospital de mesmo nome. O processo seletivo teve concorrência de 117 candidatos por vaga.

“Você deve ter foco no seu emocional tanto quanto em qualquer outra matéria. Não adianta saber tudo e, quando chegar na hora da prova, ficar tremendo”, afirma. O apoio da família e de amigos, além de acompanhamento psicoterápico, foi essencial para a sua evolução nos estudos. Neste ano de cursinho, ela viu o desempenho nos simulados melhorar, segundo ela, porque estava mais confiante.

“Sou a prova viva de que o maior concorrente do vestibulando é ele mesmo”, explica. Aliado ao cuidado emocional, Rachel organizou uma rígida rotina de estudos. Ela acordava às 5h30 e ia para o curso pré-vestibular do Poliedro, em São Paulo. As aulas acabavam às 18h, mas ela ficava estudando até as 21h. Ao chegar em casa, fazia mais algumas leituras.

“Tinha muita dificuldade em matemática e geografia. Foram as matérias em que eu tive que me superar”, conta. A melhora em matemática veio por meio de muito treino. Ela resolvia a maior quantidade possível de exercícios. Em geografia, ela seguiu os conselhos dos professores e ficou mais antenada nos assuntos de atualidades: comprometeu-se a ler o jornal três vezes por semana. “Espero manter este hábito agora”, brinca.

Para driblar o nervosismo na hora da prova, ela conta que pensou no vestibular como mais um simulado, que resolvia com frequência no cursinho. Isso a ajudou a ficar mais tranquila. Além disso, ela também resolveu provas anteriores para saber o que esperar de cada processo seletivo. “É importante para conhecer o perfil da prova de cada vestibular”, explica.

Nas horas de descanso, que eram “raras”, ela saía com o namorado ou amigos e também procurava ler livros de temas não relacionados ao vestibular.
Filha de médicos, Rachel conta que os pais foram essenciais na escolha da profissão. “Apesar de todas as adversidades que eles enfrentam, de uma rotina muito intensa de trabalho, eu vejo o quanto é gratificante para eles serem médicos. Isso acabou me influenciando”, explica.

O vestibular de inverno de medicina do Einstein teve 117 candidatos por vaga. A primeira fase é composta de questões de múltipla escolha, dissertativas e redação. Na segunda etapa, os alunos enfrentam entrevistas individuais.