Professor de medicina é demitido após aplicar prova com conteúdo homofóbico

O médico Antônio Moraes Filho foi demitido da Universidade de Rio Verde (UniRV) na última quarta-feira (27) por aplicar uma prova com conteúdo homofóbico, após denúncia anônima de alunos. O caso aconteceu na cidade de Rio Verde, em Goiás.
A avaliação da disciplina de clínica cirúrgica foi aplicada para 67 estudantes, com uma questão que descrevia em seu enunciado o seguinte cenário: "O paciente Davi, de 24 anos, estava com abscesso na nádega e seu noivo serelepe, ao ver aquele quadro horroroso, ficou tresloucado e furou o abscesso com espinho de limoeiro em um movimento rodopiante de bailarino, imitando um beija-flor".
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No início da confusão, o professor, que dava aulas na instituição havia três anos, alegou que a questão foi um erro de sua secretária, mas depois o docente voltou atrás, assumiu a falha e pediu desculpas pelo que aconteceu. Mesmo assim, em entrevista ao UOL, ele negou que é homofóbico e chamou o caso de "mal-entendido".
De acordo como médico, o texto não é de sua autoria e foi selecionado em um banco de dados na internet. A justificativa foi a de falta de cuidados durante a revisão das questões. "Assim que o diretor entrou em contato comigo sobre a polêmica eu já havia me retratado com a turma, com os coordenadores e todo o corpo docente, assumi a responsabilidade e coloquei meu cargo à disposição", disse.
Em nota publicada nesta quarta-feira (27), a UniRV informou a exoneração do profissional e afirmou que repudia "veemente a atitude do professor". A nota também destaca que esse "comportamento isolado não reflete o pensamento da instituição”.
Para o pró-reitor de Administração e Planejamento da universidade, Alberto Barella Netto, "a atitude não se justifica" e, sendo assim, levou à exoneração do profissional.
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