'Prova foi mais fácil que ano passado', diz estudante que presta o Enem pela 3ª vez
Os candidatos que realizaram a primeira prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), neste domingo (4), tiveram opiniões diferentes sobre a dificuldade do teste. Além da redação, os candidatos fizeram provas de linguagens e ciências humanas. Alguns acharam difícil, outros, fácil.
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Fernando Fernandes, 27, voltou a fazer o Enem 11 anos depois de ter realizado a primeira vez. Ele diz querer fazer fisioterapia e foi o segundo aluno a deixar o colégio Objetivo, por volta das 15h45 deste domingo. "Achei que tinha muito texto para interpretar. De 0 a 10, achei 8,5 de difícil", afirmou.
Já a estudante Ana Carolina Medeiros, 18, que cursa relações públicas na FMU, fez o Enem pela terceira vez para tentar manter a bolsa de estudos. "Eu achei a redação e a prova mais fácil que ano passado. Mas tinha bastante texto, precisava de muita interpretação", afirmou.
O cabeleireiro Romero de Oliveira, 51, afirmou ter voltado a uma sala de aula depois de 20 anos para fazer a prova. "Depois de um certo tempo, a gente busca se atualizar. Achei a prova difícil, mas quem sabe?".
Mais de 5,5 milhões de estudantes se inscreveram no Enem 2018. As provas do primeiro dia do exame foram entregues às 13h30 (horário de Brasília), previsto para encerrar às 19h. Ainda assim os candidatos foram liberados a sair das salas a partir das 15h30.
E a redação?
Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), o tema da redação do Enem deste ano foi "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet". Os candidatos tiveram de elaborar um texto dissertativo de até 30 linhas sobre o assunto.
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Um dos cinco itens que serão avaliados, de acordo com o manual, é a capacidade de "elaborar proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os direitos humanos". Aqueles que feriram os direitos humanos podem perder de 200 até 1.000 pontos, ou seja, zerar na redação.
Lidiane Costa, 21, presta Enem desde 2014. Ela quer cursar administração ou gestão comercial. A estudante diz ter respeitado os direitos humanos, mas afirmou considerar irrelevante o tema. "Não é um tema muito útil, porque cada um faz o que quer na internet. Achei decepcionante", disse.
Jonathan Magalhães, 27, cursa enfermagem em uma universidade privada de São Paulo, mas fez o Enem este ano para tentar entrar em uma pública. Ele diz não ter pensado sobre o respeito aos direitos humanos para escrever a redação.
"Talvez a minha opinião já respeite os direitos humanos. Achei um tema bem interessante e recorrente. Porque é algo que está no nosso dia a dia. A gente tem a falsa sensação de que escolhe algo, mas sempre é direcionado a essa escolha. É um tema que me fez refletir", disse.
O treineiro Matheus Lopes, 16, afirmou que considera o respeito aos direitos humanos importante. "Eu nunca considerei meus pensamentos contra direitos humanos. Escrevi o que pensava apoiando todas as pessoas e o direito de cada uma delas", disse.
A atendente de caixa Hayra Leitão Silva, 27, foi motivada a fazer a prova pelo interesse em fazer a graduação de Jogos Digitais. Ela disse ter enfrentado um problema. A caneta dela era transparente, mas colorida. "Perdi 15 minutos descendo escadas para saber se me autorizavam", disse.
No próximo domingo (11), as provas serão de química, física, biologia matemática e suas tecnologias. Ao todo, 5,5 milhões de pessoas concorrem a vagas em universidades de todo o país através do exame.
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