Mauá suspende aulas até o fim de 2020 após enquete no Facebook
A Prefeitura de Mauá, cidade localizada na Grande São Paulo, decidiu, após reuniões e com a ajuda de uma enquete no Facebook, suspender as aulas presenciais na rede pública municipal de ensino até o fim de 2020.
Em uma live realizada ontem em seu perfil na rede social, o prefeito da cidade, Atila Jacomussi (PSB), citou a enquete, que foi aberta no mesmo dia, após argumentar ser contra o retorno das aulas presenciais.
"Já dei aqui minha opinião, mas também fiz questão de ouvir: foi feita uma enquete agora na página da prefeitura. Nós temos 93% da população de Mauá dizendo não para a volta das aulas presenciais", disse.
Ainda na live, Jacomussi disse que sua "decisão como prefeito da cidade é acompanhar o povo".
"Se a maioria diz não para a volta às aulas na rede municipal, nós vamos estar acompanhando a população", afirmou.
A enquete foi aberta ontem e estava prevista para terminar em cinco dias — ou seja, apenas na terça-feira da semana que vem (4). A votação já conta com 10,4 mil votos.
"A decisão foi tomada após a enquete realizada nas redes sociais da prefeitura, sendo que 93% dos votantes foram contra o retorno das aulas presenciais", disse o poder público municipal em uma publicação no Facebook no início da tarde de hoje.
Ainda de acordo com a publicação da prefeitura de Mauá, a decisão foi tomada "para preservar a vida das crianças, de suas famílias, dos professores e merendeiras, que muitas são do grupo de risco" do novo coronavírus.
O lado da prefeitura
O UOL entrou em contato com a Prefeitura de Mauá questionando se a decisão anunciada por Jacomussi foi tomada levando em conta apenas a enquete realizada no Facebook.
Em resposta, a prefeitura disse que "a decisão não foi baseada apenas pela enquete" e afirmou que ocorreram reuniões técnicas com a Secretaria de Educação municipal para tomar a medida.
"Na reunião com a Secretaria de Saúde, foi apresentado que as crianças são possíveis vetores para transmitir o coronavírus para suas famílias e profissionais da rede pública", afirmou.
Ainda segundo a prefeitura, "foi levada em conta também a opinião popular de pais de alunos" ao tomar a decisão.
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