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Prefeitura de SP deve anunciar amanhã volta às aulas ainda em 2020

Rodolfo Santos/Getty Images/iStockphoto
Imagem: Rodolfo Santos/Getty Images/iStockphoto

Ana Carla Bermúdez e Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

16/09/2020 16h28

A Prefeitura de São Paulo deve anunciar amanhã (17) a volta das atividades presencias nas escolas da capital ainda em 2020, quando será divulgado o resultado da terceira fase do inquérito sorológico feito com alunos das redes pública e privada.

Em coletiva hoje (16), o prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que ainda "está avaliando a possibilidade" e tudo dependerá dos resultados dos exames.

Sem se alongar, ele afirmou que terá ainda nesta tarde mais uma reunião com as secretarias de Saúde e Educação já com os números dos testes. Ele não detalhou se haverá datas diferentes para a volta de atividades extracurriculares e as aulas nas escolas.

Antes da reunião, no entanto, uma fonte ligada à Prefeitura afirmou ao UOL que a possibilidade de não voltar a ter aula presencial neste ano praticamente já foi descartada.

Os exames sorológicos são considerados apenas um dos critérios para decidir a volta às aulas, mas os resultados das duas primeiras fases foram usados como argumento pela Prefeitura para a decisão de não autorizar a abertura das escolas em setembro, para a realização de atividades presenciais de reforço e acolhimento dos alunos, como previsto pelo governo do estado.

Isso porque, na avaliação da Prefeitura, os dados apontavam para um potencial de disseminação silenciosa do coronavírus entre escola, família e comunidade.

A primeira fase do inquérito apontou que 16,1% dos alunos possuíam anticorpos contra o novo coronavírus e, portanto, foram infectados pela covid-19. Na segunda, a taxa passou para 18,3%. Os levantamentos também indicaram uma alta proporção de assintomáticos —que foi de 64,4% na primeira fase e de 69,5% na segunda.

As duas primeiras etapas do inquérito foram realizadas com estudantes da rede municipal. Nesta terceira fase, encerrada na última terça-feira (15), o estudo foi feito com estudantes da rede municipal, da rede estadual e da rede privada da capital paulista.