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São Paulo cogita aula no fim de semana e início do ano letivo em janeiro

Bruno Caetano, secretário municipal de Educação na cidade de São Paulo - Divulgação
Bruno Caetano, secretário municipal de Educação na cidade de São Paulo Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/10/2020 08h28

O secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, disse que a Prefeitura cogita aulas aos finais de semana e adiantar o início do ano letivo para janeiro para ajudar a compensar o tempo perdido com as escolas fechadas na quarentena, devido à pandemia de covid-19.

"Só há um jeito de fazer isso (recuperar o tempo perdido), ampliando o tempo de estudo do aluno", disse Caetano em entrevista ao jornal O Globo. O retorno das aulas presenciais na cidade está previsto para novembro e, hoje, começam os testes sorológicos em professores e alunos da rede municipal.

Segundo o secretário, as aulas retomadas em novembro param apenas para o Natal. Para ele, o maior desafio do momento é "estabelecer uma relação de confiança com as famílias" com relação a uma volta segura às escolas.

"A volta no início será sempre opcional, pois os conselhos de educação ratificaram o entendimento de que, enquanto não houver vacina, o poder público continuará oferecendo ensino à distância para as famílias que optarem por não mandar os seus filhos".

Ele ainda explicou como será feita a testagem em massa de professores e alunos da rede municipal marcada para começar hoje.

"Todo mundo da rede municipal será testado. No primeiro momento, serão 777 mil pessoas, entre alunos de quatro a 90 anos, porque inclui o EJA, e também profissionais de saúde. Tem ainda um último público, de crianças abaixo de 4 anos, que será testado na sequência. Como são crianças bem pequenas, muitas vezes bebês, o teste será feito nas Unidades Básicas de Saúde, ao contrário do que será realizado agora, nas escolas. Para esse público, a testagem será feita com a checagem da carteirinha de vacinação".

A expectativa é realizar todos os testes sorológicos até o dia 10 de novembro. Caetano afirmou que novos testes poderão ser feitos caso seja necessário, especialmente com pessoas que não apresentarem anticorpos. Mas isso ainda será definido.

Para avaliar os prejuízos na aprendizagem, a secretaria decidiu aplicar uma prova aos alunos, em novembro, e a partir dos resultados vai decidir se intensifica o reforço escolar.