Covid: 1º dia de testes em professores de SP tem fila e queixa de sindicato
A Prefeitura de São Paulo começou hoje um mutirão de testagem de covid-19 em profissionais da Educação. Professores e o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública de São Paulo) relataram grandes filas nos locais e falta de kits de coleta.
Os testes são uma recomendação da Prefeitura para o retorno presencial das aulas. A gestão de Bruno Covas (PSDB) confirmou a reabertura das escolas, públicas e privadas, na próxima segunda-feira, dia 12, caso a fase emergencial não seja prorrogada pelo governo estadual. Em março, a educação foi classificada no município como serviço essencial.
Segundo o Sindsep, profissionais temem contrair o vírus enquanto aguardam a realização do teste. "O prefeito Covas e o secretário da Educação, Fernando Padula, promovem uma verdadeira "fila do Covid"", reclamou o sindicato.
Em decreto publicado na semana passada, Covas convocou os diferentes profissionais que atuam nas escolas como professores, gestores, auxiliares, merendeiras, motoristas das vans escolares e equipes do serviço de limpeza. A testagem não é obrigatória.
No ano passado, dez dias depois do início de sua campanha à reeleição, o tucano prometeu a testagem de covid para categoria. No entanto, os testes foram interrompidos em dezembro após atingir apenas 17,7% da meta.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que as equipes responsáveis pela operação serão reforçadas nos próximos dias. A campanha deve ser encerrada na quinta-feira (8). A pasta também afirmou que foram feitas novas orientações para que os protocolos de distanciamento sejam cumpridos.
A Prefeitura usa os 46 CEUs (Centros Educacionais Unificados) para as testagens e a expectativa é atingir 140 mil profissionais.
Os representantes da categoria afirmam que o erro foi logístico e que o procedimento poderia ter sido feito nas escolas. A Prefeitura dividiu os CEUs em quatro horários com duas horas de duração cada (9h às 17h). O sindicato acredita que nos próximos dias ainda haverá aglomeração.
Sindicato diz que Prefeitura enviou menos kits de coleta
Segundo o Sindsep, o número de kits de coleta enviado para os CEUs foi menor do que o esperado e necessário. "Unidades como os CEUs Aricanduva, Paulista e Alto Alegre receberam apenas 200 kits para coleta, sendo que a expectativa para cada período era de mais de 300 trabalhadores", afirmou o sindicato.
Sobre a falta de kits, a secretaria se limitou a dizer que "existe uma alta expectativa da parte dos profissionais e servidores de Educação para identificarem a resposta imunológica frente à covid-19".
O Sindsep acredita que as aglomerações também foram ocasionadas pela falta de testes para os profissionais. Por volta das 11h, os testes já haviam acabado no CEU Aricanduva, na zona leste.
O UOL questionou a Prefeitura sobre o número de testes realizados no primeiro dia, mas até o momento não teve retorno.
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