Autodidata lia aos 3, entrou em engenharia aos 15 e encara medicina aos 17
O adolescente Enzo Alves Rodrigues, de 17 anos, conquistou uma vaga em medicina na UFMA (Universidade Federal do Maranhão) após uma trajetória escolar de destaque. Natural de Miracema do Tocantins (TO), Enzo aprendeu a ler sozinho aos 3 anos de idade, entrou na escola já na segunda série do ensino fundamental aos 4 e conquistou uma vaga em engenharia civil na UFT aos 15.
"Na verdade, o Enzo não fez educação infantil. Ele começou a ler com três anos. A gente andava na rua e ele passava pelos bancos e falava o nome de todos. Eu pensava que era porque ele assistia à televisão e gravava alguma coisa, mas um dia saímos e ele leu uma faixa e eu me impressionei. A partir desse momento, fui procurar uma técnica em educação para entender como ajudá-lo", explicou ao UOL a mãe de Enzo e professora da educação infantil, Águida Romana Alves Oliveira.
Enzo passou a ler livros ainda aos três anos e a família optou por uma educação especial, matriculando o garoto na segunda série do ensino fundamental, aos 4 anos. "Tinha um certo medo por ele ser muito pequeno, mas graças a Deus nunca aconteceu nada", conta Águida.
O interesse pelos livros e pelos estudos foram crescendo à medida que Enzo ia evoluindo na escola. "Sempre tive um bom gosto para a leitura, sempre proativo, principalmente na infância", conta o estudante ao UOL. O adolescente recorda que um dos primeiros conteúdos que aprendeu na escola foi o funcionamento do sistema cardiovascular. O interesse por biologia já indicava a futura profissão.
"É um gosto desde criança. Sempre tive essa vontade de ajudar o outro. De estar ajudando não importa como e também já une com o gosto do conteúdo de biologia, de ciências da natureza. Fazer medicina já virou um dos meus maiores sonhos", explica.
A primeira vez que Enzo prestou o vestibular foi em 2019, aos 15 anos. Na época, o adolescente conquistou uma vaga de Engenharia Civil na UFT (Universidade Federal do Tocantins). Entretanto, optou por continuar perseguindo o sonho da medicina, que foi ainda mais impulsionado pelo cenário da pandemia da covid-19. "Só aumentou a vontade de fazer o curso porque nesse período a gente pode ver o tamanho que a função do médico pode ter e o quanto esse trabalho é importante e pode ajudar as pessoas".
Com a vaga garantida no Maranhão, o adolescente comemora: "Estou um pouco preocupado, porque é uma cidade nova, que eu não conheço, mas pela vontade e pelo sonho que eu tenho, esse medo não é algo que vai me barrar."
A mãe também não deixa de demonstrar o orgulho pela trajetória do filho. "É gratificante ver o crescimento do Enzo, mas eu como mãe, sempre soube do potencial dele. Desde muito cedo, alguns não acreditavam porque não é um fato que acontece sempre, mas eu sabia", diz.
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