USP libera hoje aulas presenciais, mas nem todas as unidades retornam

A partir de hoje, as aulas presenciais estão autorizadas na USP (Universidade de São Paulo), mas nem todas as unidades seguirão a diretriz da reitoria. A retomada acontece após a suspensão das atividades presenciais aos alunos desde março do ano passado, em decorrência da pandemia de covid-19.

Para o UOL, a FEA (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária) e a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) informaram que não retornam neste ano. Já a FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) afirmou que terá aulas presenciais, mas apenas a partir do dia 18.

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A FEA se restringiu a explicar que "não tem aulas práticas no conceito que a USP entende" e não iria retomar as aulas presenciais neste semestre.

"A USP deu liberdade às unidades de ensino para a elaboração de um calendário que melhor as conviesse", explicou a assessoria de imprensa da FAU.

O Instituto de Psicologia, a Escola de Engenharia de Lorena, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação e o Instituto de Relações Internacionais também seguirão a mesma decisão de não retornar as aulas presenciais. A ECA (Escola de Comunicação e Artes) afirmou que "já implementou um retorno presencial de funcionários e parcial de suas aulas - contemplando, no modo presencial, as atividades práticas de ensino".

A reitoria reforçou, via assessoria de imprensa, que as unidades têm autonomia para definir as "diretrizes de acordo com suas especificidades".

O retorno presencial das aulas foi anunciado em agosto e publicado em portaria no Diário Oficial. Na data, a USP já havia informado que a presença seria obrigatória aos alunos que já tivessem recebido a dose única ou as duas doses da vacina contra covid-19 há, no mínimo, 14 dias —período para imunização completa.

"Os docentes e servidores técnicos e administrativos —totalmente imunizados (com as duas doses da vacina ou dose única)— retornaram às atividades presenciais da universidade a partir do dia 23 de agosto, exceto nos cursos da área de saúde, que mantiveram suas atividades nesse período", informou a assessoria de imprensa.

Até mesmo servidores do grupo de risco são obrigados a trabalhar no presencial. "Eventuais recomendações médicas para manutenção do teletrabalho para docentes e servidores técnico-administrativos que tenham completado o esquema vacinal deverão ser encaminhadas pela direção da unidade", explica a universidade.

O UOL pediu um levantamento dos funcionários e alunos vacinados com as duas doses ou apenas a primeira, mas a reitoria afirmou que essas informações e de como será feita a fiscalização são responsabilidades das unidades.

Entre as orientações publicadas aos alunos e professores da USP, a primeira é a vacinação. Em texto divulgado no site, a universidade afirma que, "a fim de se resguardar a saúde da comunidade USP, somente terá acesso à instituição o membro que estiver vacinado".

O STF (Supremo Tribunal Federal) já autorizou que estados e municípios possam determinar a obrigatoriedade da vacina. "O direito à vida e à saúde coletiva prevalecem sobre os direitos à liberdade de consciência e de convicção filosófica individual", informa a USP, em suas comunicações.

O Instituto de Matemática e Estatística, a Escola Politécnica e a Faculdade de Direito afirmaram que seguirão as diretrizes da universidade, mas que não retomarão hoje as aulas presenciais. "Tendo em vista a distribuição da faixa etária do corpo discente da Escola Politécnica, não é possível especificar uma data única para o retorno às atividades presenciais", reforçou a unidade.

No caso da Faculdade de Direito, já foi decidido que o retorno ocorrerá apenas em 2022.

Os cursos da área de saúde mantiveram suas atividades durante o período da pandemia com autorização do próprio governo estadual.