Dez meses após lançar sistema, SP disponibilizará dados de covid em escolas
O governo de São Paulo anunciou que na próxima semana irá divulgar publicamente os dados de casos e mortes de covid-19 em escolas públicas e privadas do estado. A decisão acontece dez meses após a criação do Simed (Sistema de Informação e Monitoramento da Educação).
Em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, o estado também anunciou que, a partir de segunda-feira (18), a presença dos alunos será obrigatória nas escolas estaduais e privadas no estado.
"Vamos divulgar na semana que vem um BI [business intelligence], que vai ser automático e terá todos os casos acompanhados pela escola. Será automatizado, qualquer cidadão, vocês da imprensa, poderão acompanhar caso a caso", disse o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares.
O decreto estadual que criou o Simed já determinava que as escolas públicas e privadas de São Paulo são obrigadas a atualizar frequentemente os dados de covid-19 registrados —incluindo alunos e funcionários. As instituições podem ser até multadas caso não informem os dados ao sistema.
Apesar disso, o governo de João Doria (PSDB) divulgou até o momento apenas dois boletins com as informações do Simed: em março e abril. O estado, no entanto, atualiza quase em tempo real os dados gerais de vacinação e diariamente os casos e mortes em decorrência da doença.
Rossieli afirmou que a incidência de casos em professores da rede é menor do que os dados de fora da escola. "Em março, a incidência era de 44 casos para cada 100 mil habitantes e na primeira semana de setembro, era de sete para cada 100 mil", afirmou.
O chefe da pasta da Educação disse ainda que a maioria dos casos confirmados em estudantes ou funcionários da área não é transmitida dentro da escola. "Sabemos disso, porque monitoramos cada passo", justificou.
Distanciamento deixa de ser obrigatório em novembro
Além da presença obrigatória e da plataforma de dados, o secretário anunciou que a partir do dia 3 novembro as escolas não precisarão cumprir o distanciamento de um metro entre os alunos. Contudo, algumas escolas ainda terão de continuar fazendo revezamento dos alunos, já que não conseguem receber todos os estudantes e cumprir o protocolo sanitário.
Em caso de diagnóstico positivo, a secretaria informou que permanece o protocolo de afastamento e monitoramento do aluno ou funcionário infectado, além das pessoas que tiveram contato, por 14 dias.
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