Ineditismo chama atenção, diz Comissão de Ética da USP sobre cola
São Paulo - Entrevista: Renato Janine Ribeiro, presidente da Comissão de Ética da USP
O que a Comissão de Ética da USP pode fazer neste caso?
As principais ações são nos âmbitos da Justiça comum e da diretoria da unidade, que não pode deixar de apurar esse caso porque, pelo visto, é muito grave. A Comissão de Ética recebeu um e-mail de um professor. Se ele quiser que a Comissão de Ética se pronuncie, tem de mandar a documentação pertinente, mas o máximo que ela pode fazer é dar uma advertência. Quem pode suspender ou até expulsar um aluno é a comissão da própria faculdade.
O uso da tecnologia para fraudes preocupa a universidade?
As tecnologias podem ser usadas para o bem e o mal. Nesse caso, foi usada para o mal e está adquirindo particular relevância porque é um volume muito grande de alunos em um caso que eu nunca tinha ouvido falar: usar o WhatsApp para cola. É o ineditismo da coisa que chamou a atenção. Temos de saber quantas pessoas estão envolvidas. Se for um grupo de informações e algumas pessoas usaram para cola é diferente de um grupo feito só para colar.
Como coibir essas práticas?
É difícil avaliar porque o avanço disso é muito rápido e as tecnologias são substituídas. Você tem de impedir o uso dessa tecnologia para essas coisas, não tem alternativa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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