Pelo menos 1.218 estudantes de GO enfrentam problemas de falta de estrutura nas escolas
Pelo menos 1.218 estudantes das redes municipal e estadual de Goiás enfrentam problemas de falta de estrutura nas escolas. Para piorar a situação dos alunos da rede estadual, o ano letivo mal começou e já foi interrompido por uma greve de professores.
No Colégio Estadual Alda Ferreira, que fica no município de São Gabriel, as aulas são ministradas em prédios antigos e mal conservados. Segundo a Seduc-GO (Secretaria de Educação de Goiás), a unidade terá de ser demolida para dar lugar a outra escola nova que será construída no padrão Laje Plana. O projeto de construção já se encontra na Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras) para ser licitado. A unidade atende 121 alunos do ensino médio.
O problema enfrentado pelos 458 alunos das séries iniciais do ensino fundamental na escola Machado de Assis, em Santo Antônio do Descoberto (56 km de Brasília), é um buraco no muro, que permite a entrada de qualquer pessoa no colégio.
Já em Goiânia, os alunos da escola estadual Nazir Safatle estudaram durante praticamente todo o ano passado em uma antiga fábrica de sabão, conforme mostraram reportagens do UOL Educação em abril e agosto.
A escola atende 460 estudantes do ensino médio e 179 do ensino fundamental. Os alunos foram transferidos para outros colégios da região e alguns precisam andar mais de 1 km para estudar. A Agetop, que assumiu a reconstrução da unidade, afirma que 40% da obra já estão concluídos. Mas, ainda não há previsão de finalização.
A Seduc-GO informou que, em 2011, o governo destinou recursos do tesouro estadual na ordem de R$ 3,1 milhões para os conselhos escolares das escolas para a aquisição de material permanente e também para custeio, mas cabe a cada unidade aplicar o dinheiro.
Greve
Segundo o Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás), cerca de 80% das escolas estaduais estão com as atividades paralisadas, integral ou parcialmente. Os professores reclamam que o governo incorporou gratificações por titularidade ao salário para chegar ao valor do piso.
A secretaria de educação, por sua vez, informou uma adesão bem menor: das 1.095 escolas estaduais, 120 estariam com as atividades afetadas pela greve, ou seja, 10% da rede.
A Justiça estadual decidiu pelo fim do movimento em sessão realizada nesta terça-feira, (28), na 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, e determinou o imediato retorno dos professores às salas de aula.
O Sintego afirma que não foi declarada a ilegalidade da greve, e, mesmo com corte no ponto, continuam a paralisação. “Os alunos não terão prejuízo, e, depois da finalização da greve vamos repor tudo que falta para completar os 200 dias letivos e as 800 horas-aula”, afirmou a presidente do sindicato, Iêda Leal.
A Seduc informou que a reposição das aulas perdidas durante a paralisação dos professores será feita em julho, de segunda a sexta-feira, em todas as unidades que aderiram ao movimento grevista. Não haverá aulas de reposição aos sábados ou em horário diferente do turno regular dos alunos prejudicados com a greve.
(Com informações de Suellen Smosinski)
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